domingo, 17 de abril de 2011

Sobre o silêncio

"Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la."


Muitos me perguntam pq trabalhar a ancestralidade... ela é a transmissão de conhecimento e sabedoria para os que acessam a sua energia. Os ancestrais são ao mesmo tempo fundadores e guias interiores de uma determinada raça ou povo, projetam padrões sobre os quais muitas tradições foram fundadas. Entre nós e nossos ancestrais há uma teia que no liga ao que fomos e projeta imagens futuras, contidas no passado. O poder reside na capacidade de conectar-se às energias dos antigos e com elas receber conhecimentos. 
Tertuliano, historiador romano conta que os celtas costumavam dormir em cima dos túmulos dos seus ancestrais para obter sabedoria.
Segundo um texto que estava lendo dos arquivos da Clan, diz que o mundo dos deuses e ancestrais não é uma prática meramente religiosa e sim um agregado cultural, filosófico, onde é necessário não apenas dizer que entende e sim que concebe. Seria muito difícil que alguém que não acredite em espíritos ou na espiritualidade venha a compreender e aceitar um politeísmo rico em divindades e entidades. Seguindo por esta linha de pensamento, os povos celtas não acreditavam existir o conceito temporal de passado, presente e futuro (o que é muito distante de nossa realidade), bem como alguns pontos referentes à sexualidade, sacrifício, sentido de hospitalidade, morte, sejam extremamente reprimidos ou mal interpretados em nossa atual época.


Vamos explanar....



O que são deuses e ancestrais?
Ancestrais são nossos antepassados, são membros de nossa arvore geneológica.
Podemos encontrar a ancestralidade dentro da Bruxaria de duas formas:
 - Por Hereditariedade
 - Por Linha Mágica (prática religiosa/ filosofica)
  
Deuses:
- Definição
seres supremos, parte do Universo;
divindade;Nas religiões politeístas é uma divindade de personificação humana, superior aos homens, à qual se atribui uma influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo.

Indivíduo que, pelas suas elevadas qualidades, se impõe à veneração dos homens;


 
Nota: Para alguns povos o termo ancestralidade esta ligado as deidades, pois acreditam que os mesmos (deuses) são parentes, fruto de suas origens, tribos, etc...
Filhos de Danu (tribo) - deusa Danu.
Galegos , filhos de Caleac, a deusa dos Celtas

Uma amiga me mandou um texto que quero compartilhar com vcs sobre a arte do silêncio... que a reflexão chegue silenciosa à todos...



ÍNDIOS NÃO TEM MEDO DO SILÊNCIO
               Nós os índios, conhecemos o silêncio, não temos medo dele.                               
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes; observa os anciões para ver como se comportam;
observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos e pretos, é o contrário.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola, em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes e chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam  preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir, em sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei, mas talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo, mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas, muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

APRENDAMOS COM ELES...

Texto traduzido por Leela, Porto Alegre:
"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn

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