domingo, 12 de junho de 2011

Na linha entre fim e começo



Tem momentos da vida da gente que td fica muito incerto. As escolhas que fazemos..aquelas mais acertadas, de repente ficam confusas, e começa mais um teste para seu poder pessoal. Até onde sua vontade pode ir... até onde vc é capaz de chegar pra alcançar seus objetivos? Quem disse que seria fácil?
Tem dias que td parece ser um grande erro. Um medo enorme invade nosso ser e td que dá vontade é correr pro colo da pessoa mais próxima e sentir que td dará certo. Conversar, conversar e conversar... Mas como a erva de bruxo me disse tantas vezes, ao me jogar de cara no chão... “vc TEM que levantar sozinha”. Não adianta remar contra a maré.
E hoje sabendo disso, cumpri bem meu papel... segui em linha reta aos meus desejos, por mais que por dentro isso estivesse me ardendo...
To aprendendo a lidar com o desapego... parece bobo, mas só alguém grudenta como eu pode saber o quão difícil é isso pra mim. O quanto machuca e abre um buraco gigante na alma parecendo não ter fim.  To aprendendo a dizer “até logo”... ou por que não “Adeus”...
É foda como coisas que já tiramos de nossas vidas, ainda sangram... nos fazem pensar se de fato foram superados... se fui sincero comigo mesma ao definir esse ato... se realmente era o melhor a fazer... é complicado olhar pra trás e de repente sentir uma pontada lá no fundo... e por que não deixar uma lágrima rolar... ou quem sabe um choro compulsivo e dolorido lavar a alma.
Essa semana avaliei todos meus passos, minha vida até aqui... e nossa, quanta mudança; Fico feliz pelos meus avanços. Mas pq momentos como esse de hj ainda existem? Pq me sinto tão perdida e saudosa assim? Quando deveria ta feliz por ter chego até aqui... AHHHHHHHHHHHhhhhhhhhhh não quero momentos assim.
Minha vida está como uma página em branco no momento... pronto para o novo como eu queria... e de repente deu um medo, uma sensação de não saber como preenche-la. Zerei tudo até aqui, e agora? E to eu aqui, parada no meio da estrada, em cima da linha entre o incerto à construir e o que foi destruído por mim mesma por não me servir mais. Então pq dói? Pq esse ressentimento do que ficou pra trás? Pq dói pensar nisso? Pq o medo de seguir em frente? Pq raios estou tão sensível assim? De onde vem esse choro/lamento? Cadê a guerreira que habita em mim?? doida para empunhar mais uma vez a minha espada e desbravar os mistérios do caminho ainda em branco. Eu a rogo!
Deixo as lágrimas aqui pra lavar o que ainda falta. Limpar o coração pro novo. Sou guerreira! e é hora de travar mais uma batalha, e agora que finalmente compreendi uma grande lição... de que ela é única e exclusivamente minha e só eu posso lutá-la... preciso ter a coragem dos meus antepassados. Ir em frente sem deixar o passado me assombrar. Sem ter medo do que virá... enfiar uma vez por todas em minha mente que td isso aqui não passa de uma grande ilusão... uma ponte para a verdadeira realidade que está bem além desse mundinho pequenos e banal. Que não devo gastar minha energia com coisas tão bobas...
Sabe, to cansada de mentiras... de manipulações... ou de pessoas que brincam comigo nessa realidade... é nessas horas que realmente entendo meu amigo Lontra... É nessas horas que suas palavras fazem um sentindo gigantesco em meus ouvidos. Ontem sem querer ele me deu uma grande lição... talvez não tenha a menor idéia disso... rs
Lidar com a partida dele me fez ver quem de fato parte em nossa vida e quem fica pra sempre comigo. Por que ta além do que somos nessa realidadezinha que vivemos... E sim, pode apostar que serei uma das que vc terá ao seu lado naquele momento que vc tanto descreve que deseja. To aprendendo o real significado da palavra amar! E acho que isso já é um bommmm começo, não é meu amigo?
Obrigada por acreditar em mim.

Bom é hora de seguir em frente... enfiar o medo na sacola e continuar a peregrinar...

2 comentários:

  1. Querida Ursa, deixo pra ti uma frase que adoro.

    ...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir
    como se estivesse plena de tudo. (Clarice Lispector)

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