sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL: Do Êxtase para a Taça da Morte



 AMANITA MUSCARIA 
Nome Vulgar - Mata-moscas ou Amanita

Curiosidades - O nome “muscaria” é reflexo das suas propriedades insecticidas, pois os insectos que pousavam sobre ele podem ficar temporariamente paralisados.
 

Originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e na América do Norte, no Brasil, foi constatado pela primeira vez na região de Curitiba/PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982. Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo.

Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica com Pinus pseudostrobus.
    
Descrição do Cogumelo A. muscaria

Morfologicamente, este fungo é um bom exemplo de Agaricales.

A coloração do píleo varia do vermelho escarlate ao vermelho alaranjado, podendo apresentar, quando ainda jovem, uma fase na qual predomina a coloração verde amarelada. Píleo com 8 a 24 cm de diâmetro, em forma de ovo, quando jovem, e convexo, chato, plano ou ligeiramente côncavo, quando maduro.
Superfície amarela pálida a laranja avermelhada ou mesmo escarlate. Usualmente salpicado com numerosas verrugas ou excrescências brancas ou amarelo pálidas que, algumas vezes, ficam dispostas em círculos concêntricos; margens pronunciadamente estriadas ou cristadas; branco carnoso ou amarelo pálido logo abaixo da cutícula ou camada superior vivamente colorida.
Frutificações solitárias ou em grupos e, freqüentemente, dispostas em forma de anéis sob várias árvores coníferas, na Europa e Estados Unidos.

Algumas espécies de Amanita são comestíveis - A.cesarea (Fr.) Mlady, A. ovoidea (Bull.:Fr.) Quil., A. valens Gilbert., A. giberti Beaus. etc. - mas o gênero é notório pelos seus representantes venenosos, sendo alguns mortais.
Entretanto, segundo alguns autores, 90 a 95% das mortes ocorridas na Europa como resultado de micetismo -- nome dado ao envenenamento por cogumelos -- foram atribuídos a uma única espécie de Amanita, ou seja, A. phalloides (Vaill.:Fr.), espécie conhecida popularmente como "taça da morte" (death cup) ou ainda por "taça verde da morte" (Green death cup). Esta espécie possui um píleo ou "chapeu" de coloração verde oliva, com cerca de 12 cm de diâmetro e 10 a 15 cm de altura no estipe.

As espécies venenosas de Amanita contêm compostos ciclopeptídicos conhecidos como amatoxinas e phallotoxinas, altamente tóxicos e mortais, para os quais inexistem antídotos eficientes.

Até mesmo o emprego de hemodiálise na remoção do envenenamento por espécies de Amanita é questionável, desde que o processo remove substâncias com peso molecular 300 D, ou menos, enquanto as amatoxinas e amanitinas tem um peso molecular de 900, podendo ainda tornarem-se complexadas com moléculas ainda muito maiores, como certas proteínas.

As toxinas atuam, predominantemente, no fígado e a morte, no caso dos Amanitas contendo princípios letais, ocorre por coma hepático, sem que haja terapêutica específica. Além de A. phalloides, A. virosa e A. pantherina (DC.) Secr., que são tóxicos, A. verna (Bull.) Pers. é o grande responsável nos Estados Unidos pelas mortes por intoxicação que ocorrem no país, sendo por isso denominado vulgarmente "Destroying Angel", ou seja, "Anjo destruidor".
O famoso cogumelo branco e vermelho amanita muscaria é muito comum no Oeste norte americano, na Europa, Sibéria e Ásia, onde pode ser encontrado no solo, por baixo dos pinheiros, espruces, abetos, vidoeiros e carvalhos.

O amanita é historicamente o enteógeno mais usado no mundo inteiro, sendo que é utilizado há milhares de anos por xamãs e curandeiros na Ásia, Europa e Américas, sobretudo para propósitos religiosos tais como curas, profecias, invocação de espíritos, comunicação com antepassados e percepção da imortalidade divina.

Tem sido sugerido que este cogumelo esteve presente no despontar das religiões principais (senão de todas), e aparece simbolizado em muitos contos populares e textos de alquimia. Também era utilizado para recreação e por guerreiros para obterem coragem para as batalhas. A substância ativa mais importante do amanita é o muscimol, enquanto que nos outros cogumelos entheogenos as substâncias ativas são normalmente a psilocibina ou a psilocina. As substâncias ativam-se ao secar o cogumelo.
       
Efeitos

O cogumelo amanita é de consumo difícil porque os efeitos são grandemente imprevisíveis. Os efeitos podem ser divinos, terríveis, ou completamente ausentes. Os efeitos positivos sentem-se freqüentemente apenas após várias utilizações.

A alteração de consciência pode demorar 5 a 10 horas e começa após meia-hora a 2 horas. Muitos relatórios de alteração de consciência mencionam náuseas e suores como efeitos iniciais. Com freqüência também podes adormecer durante algumas horas e ter sonhos vívidos.
 Todas as partes do amanita são psicoativas, mas a pele com os pontos brancos e a parte diretamente por baixo desta são consideradas as mais fortes.

O artigo deve apenas servir como referência, não indicamos bem como não incentivamos o uso aos nossos leitores.

 
Cordialmente,

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL NO BRASIL

Papai Noel e a Origem nas Antigas Crenças      



                         Papai Noel e o Xamanismo





O Natal sempre marca o solstício de inverno no hemisfério norte. É nesse período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual. 

Muitos povos xamânicos também comemoravam a cerimônia da árvore, representando a "Árvore do Mundo". Será por isso que levamos uma para dentro de nossas casas e a enfeitamos? 

Partimos da crença de que a lenda do Papai Noel nasceu na Sibéria. Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas. 

As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; eram também consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do povo. Nas suas jornadas xamânicas, ele viajava, em transe, em um trenó de renas voadoras.

Existe na Sibéria um enteógeno poderoso chamado Amanita muscária, um cogumelo vermelho com manchas brancas. É o sacramento de seus trabalhos espirituais. A Amanita muscária é um cogumelo enteógeno, que proporciona visões e introvisões de profundo significado. Esse cogumelo contém elementos que permanecem intactos em sua passagem pelo organismo, por isso os xamãs siberianos guardavam e consumiam a própria urina para ser bebida no inverno, quando não havia o cogumelo.

Não eram só os xamãs que usavam amanita, as renas também comiam. Eles até conseguiam atrair renas com a urina, que chegavam a brigar para tomá-la e as laçavam enquanto bebiam.

Alguns caçadores davam pedaços de amanita para as renas para aumentar a sua força e resistência física, e assim suportarem melhor as longas distâncias. Se as renas fossem abatidas por alguém nesse momento, quando estavam na manifestação do enteógeno, os efeitos do amanita passariam para quem comesse a sua carne.

Caçadores, ao se alimentarem de renas que haviam ingerido amanita, tiveram uma visão coletiva de um homem vestido de vermelho e branco (cor do cogumelo), um xamã que levava presentes para a população.

Eles viram o xamã voando em um trenó de renas.

Daí, conta-se que Papai Noel foi uma visão de homens que se alimentaram das renas que consumiram amanita.

A roupa do Papai Noel, por sinal, é de origem lapônica.

Tradicionalmente, os xamãs siberianos eram conduzidos em suas viagens extáticas (jornadas xamânicas) aos mundos profundos (transe) por um trenó de renas. Isso explica a origem de Papai Noel viajando por um trenó de renas. Os habitantes sentiam que os xamãs sempre lhe traziam presentes espirituais. Além disso, a fumaça do fogo onde faziam seu trabalhos saía por uma abertura nas casas (chaminés ), e era por ali que entravam e saiam os espíritos, o que também explica a origem de Papai Noel entrando pela chaminé.

O que quero dizer, na verdade, é que nosso doce e querido Papai Noel nasceu na Sibéria e tem sua origem no xamanismo. O que acham ? Coincidência?


Uma lenda siberiana

Uma lenda do koryak (Sibéria) conta que o herói da cultura, Grande Corvo, numa passagem , ele capturou uma baleia, que estava à sua frente, e queria soltá-la para traz no mar, mas era incapaz de devolvê-lo ao mar por ser tão pesado.

O deus Vahiyinin (existência) disse-lhe que deveria comer espíritos do wapaq para ter a força. Vahiyinin cuspiu em cima da terra e as plantas brancas pequenas - os espíritos do wapaq - apareceram: tinham chapéus vermelhos, e o cuspe de Vahiyinin congelado como os flocos brancos de neve. Ao comer o wapaq, Grande Corvo tornou-se excepcionalmente forte e conseguiu atirá-la ao mar. 

A partir daí o cogumelo crescerá para sempre na Terra, e os povos podem aprender o que ele ensina. Wapaq é a mosca Agarica, um presente diretamente de Vahiyinin - plantas dos deuses.

Nas biografias legendárias de alguns adeptos do budismo, há alguns indícios que podem ser interpretados para revelar que eles consumiam o cogumelo Amanita muscaria para conseguir a iluminação.

Eles mantinham o voto de manter o segredo dessas práticas, tanto que sua identidade foi escondida atrás de um jogo de símbolos.

Alguns pesquisadores acreditam que ele é o soma, dos Vedas (a mais antiga literatura sagrada da humanidade).

Soma era mais do que uma bebida, e seu sumo expressa um deus. Sugere-se o deus Agni, deus do fogo. O soma é simbolizado pelo touro, o símbolo do rig veda (hino aos deuses) da força.

Nas pesquisas, o uso do amanita aparece também em tradições da Ásia do Norte e do Sul, nas tradições germânicas ligadas a Odhin, em usos xamânicos mais adiantados nas florestas da Eurásia do Norte. Visto também, por muitos anos, no distrito de Kanto, no Japão; no Norte da Europa; Índia; e na América Central por muitos anos.

Também identificado como o Haoma, dos Persas. Esses cogumelos sagrados foram utilizados por xamãs para a cura espiritual; era a entrada para incorporar o reino dos deuses.

O cogumelo sagrado Amanita Muscaria, segundo alguns pesquisadores, é o mesmo citado por Lewis Carroll em "Alice no País das Maravilhas" Teria Lewis ingerido o enteógeno para escrever seu livro ?

Relata-se também efeitos analgésicos significativos, para curar males da garganta, feridas cancerígenas, artrites.

O amanita contém os princípios ativos muscazon, ácido ibotênico, muscimelk e bufoteína. Os efeitos começam entre 20 e 30 minutos após a ingestão e duram de 6 a 8 horas.

Geralmente, o usuário experimenta visões semelhantes aos sonhos.

O Amanita muscaria, em suma, é um dos cogumelos mais bonitos, com um encanto misterioso.

Autor: Léo Artése
Cordialmente,
CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

Fofo! rs


Bom texto, me lembra que o ensinamento vem de formas inimagináveis...rs


Prevenção para não cair em Rituais Obscuros

Este artigo tem como base alertar as pessoas que buscam locais com a necessidade de ritualizar, seja uma cerimônia, seja um evento comemorativo espiritualista.

Antes do desejo devemos obter algumas referências, comece pelo nome da instituição e verifique se o nome é condizente com suas práticas, uma casa de nome cristão tem que focar seus ensinamentos no cristianismo, tal como um casa de nome kardecista foca no espiritismo, desconfie de casas que não tem um direcionamento claro, isto é sinonimo de confusão filosófica e que na maioria das vezes causa mais conflito do que unidade.




Verifique se o dono da instituição necessita em seu discurso reivindicar uma ancestralidade/ título que não lhe pertence, tal como pajé, arcanjo, o escolhido, imperador, bispo, entre outros termos que possam representar sua divindade na Terra.




 

Analise a árvore pelos frutos, se sentir no local um clima estranho entre as pessoas, tal como se elas copiassem até os trejeitos do líder, expressão facial e fala é um grande indício de lavagem cerebral e por consequência tendência a violência, intimidação e fanatismo.



Verifique se existe uma tendência a malevolência, a criminalidade, a opressão, críticas ao livre pensamento e falta de liberdade, o excesso de regras mostra também uma falta de consciência na comunidade.



Trabalhos de "Luz" não restrigem eles libertam, o termo luz é usado como uma interação desta realidade com a emanação de energia do astral, contudo o termo revela ação sábia. Verifique se há sabedoria ou apenas uma repetição de palavras (papagaísmo).

Desconfie de casas que confundem o dispositivo psicológico do Egô com a não aceitação dos Dogmas do Local, diante da não concordância se retire de forma educada, caso seja impedido de sair questione os motivos, sendo estes incabíveis e ainda houver manifestação ditatorial procure ajuda policial, manter pessoas contra a vontade é violar os direitos civis e ferem as leis sendo cabível processo criminal e cívil.

Não preencha ou assine qualquer documento sem a devida leitura, uma instituição religiosa não pode colocar restrições quanto idade, raça, orientação sexual tal como não pode colocar em situação constrangedora e depreciativa.


Tome cuidado com as questões dos abusos financeiros, as pessoas ficariam chocadas diante das diversas técnicas para obter ganhos financeiros no mundo religioso, estes dispositivos vão da leitura da bíblia até a necessidade de cursos pagos para frequentar o local.




Existe uma frase americana que diz: "Não existe almoço grátis" desconfie de locais gratuítos, a vida é baseada em troca, existem probabilidades mais custosas que a simples moeda.







Desconfie de líderes religiosos que não ficam a frente de seus trabalhos, ficam em seus lugares geralmente pessoas não preparadas e que podem cometer delitos até mesmo de agressão e isto é mais comum do que se pensa.


Não acredite em locais que dizem serem donos da verdade e não reconhecem a diversidade de crença, sendo estes ainda causadores da intolerância religiosa e atos que ferem com a ética.


Veja se existe um pré-ritual, uma listagem de visita, procedimentos quanto a roupa, alguns grupos são pontuais quanto a dietas e cor de roupas, evite conflitos e discussões, leia e respeite.




E por fim, não faça expectativas, expectativa gera decepção em muitos casos, esqueça do saudosismo, locais do passado podem mudar assim como pessoas, atualize seus pareceres não ficando preso ao passado.

Queremos desejar a todos boas festas e participem de rituais com a mente aberta, mas com os pés no chão!

Cordialmente,

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

Divulgando: Ritual de Waldring em honra de Nehallenia - Wagner Périco



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ócio Criativo...


Sabe aqueles dias em que andamos na rua conversando com nossos botões?

Eu tenho um costume desde bem menina que é escrever cartas mentais. Muitas vezes crio poemas lindíssimos que se perdem com o pensamento que voou após eu notar como lindo era aquele momento ali comigo mesma, imersa em pensamentos... 
Acho que daria pra escrever livros e livros sobre imagens, personagens, histórias, dramas e até brigas que já presenciei em meio aos meus devaneios mentais... rs Pois é.. já criei repertório de discussão... qdo vi a pessoa ao vivo e a cores, cai matando...rs Como tb já desculpei muitos, por discutir a relação em meio a pensamentos e chegar a um denominador comum nisso td...sem gastar um minuto stressante ao vivo pra isso...

Loucura demais??? Ahhh pode até ser, mas confesso que até gosto desse momento out.

Nossa, nós últimos tempos, tenho estado muito nesse estado "viajatívo", quase uma catatonia ambulante... 

Gosto quando estou entretida em algo em que posso dar asas à esses tais pensamentos meus... meus devaneios... tem dia que me incomodo qdo sou interrompida nisso... mas ai percebo que to perdendo o equilíbrio e ficando mais louca do que o de costumo e volto a viver nesse mundo...rs

Chega a ser de uma simplicidade que me assusto, como algo tão simples e meu pode dar-me tanto prazer... acho que é a única coisa que realmente gosto de fazer sozinha.

Hoje de manhã enquanto caminhava até o ponto de ônibus, assistindo o nascer do sol rotineiro, mas esperado de cada dia... cheguei quase a filosofar... comecei a pensar em umas coisas que estavam me aborrecendo essa semana... e disso td surgiu algo tão maluco que todo o pavio da auto discussão deixou de ter importância naquele momento...

De repente notei que o sabor do final do ano havia sumido!!!!

Não... não pensem que começa aqui um relato depressivo ou cheio de lamentações que é o que estamos acostumados a ter das pessoas nessa época do ano... não era uma sensação ruim, nem boa... era apenas uma constatação estranha... sabe... quando digo sabor, falo de sabor mesmo... Como por exemplo pensar em uma maça... vc já sabe o gosto que ela terá antes mesmo de ve-la, morde-la ou cheira-la! Lembro que antes pensar no final do ano, me trazia um sabor diferente... que sempre qdo pensava em coisas relacionadas a isso... eu o sentia nos "lábios".

Não o sinto mais... ele se perdeu totalmente... Como explicar??!!?? 
É como disse acima... conhecer a vida inteira o gosto de uma maça e de repente... perceber que a lembrança da maça não me trás mas o sabor na boca como antes... ou seja, maça não tem mais sabor... e isso não é ruim, nem bom... é apenas estranho não pensar em algo e a coisa se manifestar em meio a salivas... aromas e sentimentos... com sua essência e peculiaridade rotineira.

Sim, meus finais de ano estão sem sabor... Não sei bem o que sentir qdo chega essa época... é meio estranho, não saber o que esperar, nem pensar de algo que todo mundo já tem mais do que pré determinado e rotulado... Será que perdi o gosto por festividades??? Férias, reuniões familiares e confraternizações meio que "forçadas"??? 

Sei lá... de repente, td que festas de finais de ano me trazia, não faz o menor sentido... parece td mera politicagem e falta de imaginação... queria algo novo... mas o que?

Relutei um pouco a aceitar tal constatação e pensei em inumeras formas de gastar o meu tempo no final de ano que tivessem um sabor diferente e agradável, que não me fizesse sentir estranheza e nehuma falta do que passou ou deixou de ser... não fazer comparações que não levam a nada... e nada! Nem uma ideiazinha... apenas uma leseira profunda e vontade de fazer nada... Que coisa mais maluca... procurar algo que nem sei o que é, ou pq cargas d'agua resolvi buscar isso agora... Só o que sei que tamanha insatisfação me tomou e nada era bom o bastante, nada parecia legal o bastante pra ser feito... nem estar com ninguém, em lugar nenhum fazendo absolutamente nada! E o mais legal de td, é que me preencheu com uma inquietação e excitação nova!!! Encantadora até...

Deuses... que excesso de nada é esse nesse pensamento tão solto numa caminhada curta entre minha casa e o ponto?!?!

To be continued... 

(o ócio se alastrou, depois concluo...rs)

Mas fica o conceito para apreciação...

"Ócio Criativo" é o nome da obra do sociólogo italiano Domenico de Masi. No livro, ele defende a idéia do ócio criativo em um conceito que une três elementos: trabalho, estudo e jogo. O ócio criativo que ele defende está associado à criatividade, à liberdade e a arte. As máquinas, por mais sofisticadas que sejam, não poderam substituir o homem nas atividades criativas. Desse modo, o futuro pertence àqueles que forem mais capazes de oferecer serviços do tipo intelectual, científico e artístico.

O ócio criativo une o trabalho com o estudo (conhecimento) e o lazer (jogo e diversão). Podemos organizar nosso tempo e fazer com que todos os três coincidam. Esta é a única forma de produzir idéias geniais. Para isso é necessário libertar-se da idéia tradicional de trabalho como obrigação e dever e oportunizar uma mistura de atividades, onde o trabalho se confunda com o tempo livre, o estudo e o jogo."


Um pouco de sacanagem pra animar a noite....



rs...

Um pouco de poesia misturado a desejos íntimos...


Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

[...]



Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

Adoro!


Caio Fernando Abreu... sempre...



"Porque fé, quando não se tem, se inventa.

No fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.

Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...

Tudo isso dói. Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.

A vida é agora, aprende.

Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares.

Mas a gente nunca pode julgar o que acontece dentro dos outros.

Às vezes penso que tornam de propósito as coisas mais duras do que realmente são, só pra ver se eu reajo, se eu enfrento.

Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer.

Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo.

É preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro.

A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

Eu não procurei, não insisti. Contive tudo dentro de mim até que houvesse um movimento qualquer de aceitação. Quando houve, cedi.

'Hoje eu estava assim, mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse.

Quando se deseja realmente dizer alguma coisa, as palavras são inúteis.

Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais." 





Caio F. Abreu: Porque fé, quando não se tem, se inventa...