quinta-feira, 30 de junho de 2011

UMA BRUXA É ASSIM: ESTRANHA GENTE by Senhora Telucama

               Por Graça Azevedo / Senhora Telucama


É gente de conteúdo interno que transcende a compreensão medíocre, simplória. É gente que tem idealismo na alma e no coração, que traz nos olhos a luz do amanhecer e a serenidade do ocaso. Tem os dois pés no chão da realidade. É gente que ri, chora e se emociona com uma simples carta, com um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. É gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens. Poeira traz lembranças de chão curtido de sonhos passados. Escuta o som dos ventos. Dança a dança do mundo pelo simples prazer de dançar. É gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si. Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser! É gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que semeia, colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto. É gente muito estranha as Bruxas. Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Gente que fala com plantas e bichos. Dança na chuva e alegra-se com o sol.
Cultua a Lua como Deusa e lhe faz celebrações... Eh!Gente muito estranha essas Bruxas. Falam de amor com os olhos iluminados como par de luas cheias. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa cadência natural. Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho. Essa gente, vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta. São estanhas as Bruxas! Acreditam no poder do feminino, estão sempre fazendo da maternidade a sua maior magia e através da incessante luta pela paz chegam a divindade de existir pelo amor da Grande Mãe, a Natureza. Da mesma forma que produzem um belíssimo visual, de elegância refinada com as raias da vaidade, se vestem como verdadeiras Bruxas medievais a caminho do patíbulo. Ilumina de beleza e jovialidade o corpo físico com habilidade mágica e com facilidade transforma-se, permitindo-se um sóbrio aspecto de velha senhora, a depender da lua nos seus espíritos.
Cultuam as sagradas tradições como forma de perpetuar as leis que regem o universo, passam de geração para geração a fonte renovadora da sabedoria milenar. São fortes e valentes, ao mesmo tempo humildes e serenas. São leoas e gatinhas, são muito estranhas as Bruxas. Com a mesma habilidade que manuseiam livros codificados, o fazem com panelas e vassouras... São aventureiras e criam raízes, dançam rock, valsa e polka, danças sagradas, e inventam o que precisa ser inventado. Criam e recriam. Contam contos e histórias de fadas, e carochinhas, contam suas próprias histórias... Falam de generosidade e de todas as daides em exercício constante, buscam a plenitude como propósito... Interessante essa gente, essas Bruxas. Se obrigam tarefas, de evoluir, de amar e dividir... Falam de desapego em plena metrópole, em meio às tecnologias. Recitam músicas sagradas e populares e se emocionam com as folclóricas. Mexem com ervas e chás, são primitivas e avançadas. Pulam da mesa do rei para um abrigo montanhês com o mesmo sorriso enigmático de prazer e sabedoria que iluminava a face das suas ancestrais. Degustam um pão artezanal, receita medieval da velha.
Senhora das montanhas com a mesma gula que o fazem em um banquete cinco estrelas, com pães ultra sofisticados daquela celebridade da cozinha francesa. Amam em esteiras e em grandes suítes, desde que estejam felizes, pois ser feliz é sempre a única condição dessa gente estranha. É gente que compra briga pela criança abandonada, pelo velho carente pelo homem miserável, pela falta de respeito humano... é gente que fica horas olhando as estrelas, tentando decifrar seus mistérios, e sempre conseguem. Gente que lê em fundos de xícaras, em bolas de cristal, Tarô, com pedras, na areia, nas nuvens, no fogo, no copo d’água... São muito estranhas! Oram para elementais, anjos e gnomos. Falam com intimidade com os Deuses e lhes chamam para um círculo, fazem fogueiras e dançam em volta... Viajam de avião, a pé, de carro e em lombos de animais, agradecendo pelas oportunidades que a vida lhes dá... Aliais, essa gente estranha agradece por tudo, até pela dor, que chamam de mãe, pois acreditam que é a forma mais rápida para a evolução...Se reúnem em escolas Iniciática que chamam de Coventículos, para mutuamente se bastarem, se protegerem se resguardarem, resgatar valores, estudar, muito estranhas são as Bruxas. Mas estranha mesmo é a fé que as mantém vivificadas ao longo do passar das eras. Que seja abençoada toda essa gente estranha... E desconfio que é deste tipo de gente que os deuses precisa para o terceiro milênio...

Wicca X Bruxaria Tradicional


Termo Religião para a Wicca e Bruxaria Tradicional


Temos observado um constante movimento tentando “esclarecer” estas questões, alguns a favor outros contra, o motivo esta ligado as diferenças de entendimento sobre o termo religião, a base de consulta é muito importante, algumas pessoas levam em conta o que autores e pensadores conceituam, ou seja, entendimento de terceiros que geralmente estão influenciados por uma determinada religião, por algum entendimento pessoal ou entendimento dado a algum momento histórico, fugindo totalmente da origem da palavra.

O melhor caminho para a interpretação é sem dúvida a origem da palavra, é o fundamento etimológico, ou seja, é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado através da análise dos elementos que as constituem.

Sendo assim o termo coeso e etimológico para religião esta ligado a este significado:

Religião (do latim: "religio" que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como sagrado, espiritual ou divino.

Portanto, não estamos colocando em check a questão de como alguma religião irá ou se comportou diante da sociedade, e quais serão os pontos ligados a moral, ao agregado social, pois estes parâmetros devem ser analisados especificamente para cada povo.

A Wicca como a Bruxaria são religiões no ponto de vista que consideram a criação através de um agente sobrenatural, tal como trata do espiritual e do culto a divindade.

Algumas pessoas tendem, de forma simplória, a entender que o foco são apenas as "artes mágicas", se assim o fosse não haveria a necessidade de culto a divindade, o que esta totalmente fora das expressões religiosas que vemos em ambas, seja no culto a Deusa, seja no culto aos deuses, de fato o grande problema dentro do movimento ocultista seja a falta de conceito e seus significados, a feitiçaria reconhecida por artes mágicas, são uma parte dos cultos religiosos, são ferramentas e as encontramos em diversas crenças.

Alguns pontos que deveríamos refletir e aceitar com relação a ambas.

A Wicca foi CRIADA por Gardner, independente se houve ou não influência de Bruxos Tradicionais, independente de qual grau ela se INSPIRA na antiguidade, e devemos entender o crescimento desorganizado e potencializado pelas auto-iniciações, sem contar o título de "sacerdotes" dado em um período extramente curto.

Já na Bruxaria Tradicional, temos uma multidão de "hereditários" que nada herdaram; tudo fica claro e coeso com o rótulo de bruxaria, pois o magista sabe que esta ligado estritamente ao paganismo e tem ciência do seu agregado, o problema é quando insere o termo tradicional, daí temos teses que não querem vincular ao paganismo, que se ligam ao culto monoteísta, a prática da demonologia, da marginalização, entre outras falácias.

E como podemos atravessar essas dificuldades conceituais religiosas?

Seriam em estudar com pessoas sérias? Temos visto sempre este termo "pessoas sérias", mas muito mais do que isso, precisamos de pessoas inteligentes, seres pensantes e pesquisadores, e quanto aos questionadores? Será que devemos ser apenas críticos?

Nós do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil entendemos com base na origem dos conceitos, na origem das crenças, por esta questão entendemos que Bruxaria é uma RELIGIÃO em essência, com base etimológica e diferente dos processos vividos entre estado e sociedade ocorridos em determinados povos, que obviamente tiveram expressão, contudo devemos focar na função primordial da palavra.

Bruxaria Tradicional são as crenças pré-cristãs? Sim e analisamos a origem destes costumes e crenças ao qual nos servem de fonte para nossos estudos, entretanto não afirmamos que ela inicia e termina nesse período de tempo, ela é continua, contudo para os que seguem um caminho baseado em crenças nativas é natural o foco tradicionalista, na essência da sua espiritualidade, por isso dentro da Bruxaria Tradicional são comuns diversas matérias acadêmicas com relação ao estudo histórico, isto faz parte das pesquisas e nos dão maior entendimento sobre a identidade dos povos, tal como funciona o estudo mitológico, teológico e a matéria do tão polêmico reconstrucionismo.

Por estas e outras questões que é necessário cada vez mais, diante da quantidade de pessoas que se interessam pelo tema, prover conhecimento sólido, independente se o individuo tem o tal "sangue bruxo" visto que se somente assim o fosse, era melhor colocar sangue em um pote e colocar os ouvidos para escutar o tal conhecimento! Não meus caros, nem todos têm o tal requerido dom intuitivo ou "mediúnico", é necessário arregaçar as mangas e ter um trabalho sincero de estudos, se assim o fosse, não teríamos tantas distorções e achismos "intuitivos" na internet.

Espero mais uma vez dar mais entendimento ao leitor, para que sempre reflita e tenha mais argumentos para um caminho claro e direto dentro destes segmentos tão polêmicos e tão desrespeitados tanto por pessoas de fora como de "praticantes".


Grato,

Ricardo DRaco
Conselheiro do CBT (Conselho de Bruxaria Tradicional)


Compartilhando um ótimo texto sobre Politeísmo

BRUXARIA TRADICIONAL - Politeísmo na Religião Gaulesa

   O Politeísmo Naturalista na Religião Gaulesa

G. Roth e F. Guirand
Tradução: Bellovesos /|\


p. 203

Politeístas como todos os primitivos (1), os gauleses veneravam principalmente divindades tópicas (isto é, ligadas a um local determinado) ou regionais.

O Culto das Águas

Os lugares elevados, os picos dos montes, eram por eles divinizados. O pico do Ger ("Garrus deus"), nos Baixos Pirineus, permaneceu nessa condição até o fim da dominação romana, enquanto os outros picos desceram pouco a pouco da posição de deuses para a de moradas de deuses. Por exemplo, "Dumias", nome do deus tutelar de Puy de Dôme, acabou por tornar-se um simples epíteto ligado a "Mercurius", cujo templo e estátua localizavam-se nesse cume.

Contudo, a religião naturalista dos gauleses aparece mais destacadamente no culto das águas (rios, poços, fontes). Diva, Deva, Divona, "a Divina" era uma designação frequente dos rios gauleses, o que ainda testemunham seus nomes atuais: Dive, Divone, Deheune. "Nemausus", deus tutelar da cidade de Nîmes, era o gênio de sua fonte; "Icaunus", o de Yonne, etc. Numerosos eram os gauleses da Bélgica que se orgulhavam do nome "Rhenogenus", "filho do Reno". Borvo, Bormo ou Bormanus ("o Borbulhante"), deus das fontes termais, deu seu nome a muitas de nossas estações onde jorram águas quentes: La Bourboule, Bourbonne, Bourbon-Lancy ou L'Archambault.

A mais característica dessas divindades era a deusa Epona. vista sempre acompanhada de um cavalo, com o qual forma um grupo inseparável. Na maioria das vezes, ela está sentada de lado em sua montaria. Envolta em um manto drapeado e adornada com um diadema, seus atributos são um corno da abundância, uma pátera e frutos. É, portanto, a deusa da abundância agrícola. Contudo, não é a água que traz fertilidade ao solo? Com efeito, Epona é uma divindade das águas, exata correspondente da fonte Hipocrene. Seus dois nomes equivalem [ao grego] (epos, ona = hippos, krêne) e significam "fonte equina" (2). Quanto à presença do cavalo ao lado dessa deusa, é suficiente recordar o lugar que esse animal possui na lenda de Posêidon.

Muito popular na Gália, como o atestam as numerosas representações de Epona que foram conservadas, seu culto foi posteriormente importado pela Itália e pela própria Roma. Seu significado primitivo, no entanto, foi esquecido. Epona tornou-se a deusa protetora dos cavalos; é por isso que se colocavam suas imagens nos estábulos.

Culto das Árvores
 
As águas fecundam as florestas. Também os gauleses não esqueceram de adorar as árvores e bosques. Vosegus foi o deus tutelar dos "Vosges" silvestres; Arduina, a ninfa das "Ardennes"; Ardnoba, a da Floresta Negra.

Na região dos Pirineus, muitas inscrições latinas dão-nos a conhecer os deuses-árvores: Robur (o carvalho-branco), Fagus (a faia), Tres Arbores (Trois-Arbres [três árvores]), Sex Arbores (Six-Arbres [seis árvores]), Abellio (a macieira; cf. "apple, apfel" nos idiomas germânicos), Buxenus (o buxo).

Respeitado em toda a Gália, o carvalho pôde ser considerado por certos cronistas como o deus supremo dos gauleses. "É nos bosques de carvalhos que que os druidas têm seus santuários", assegura-nos Plínio, o Antigo ("História Natural", XVI, 249), "e não realizam qualquer rito sagrado sem as folhas do carvalho. Acreditam que a presença do visco revela a presença do deus sobre a árvore que o porta... Colhem-no com grande cerimônia. Depois de ter sacrificado dois touros brancos, um sacerdote, vestido com uma túnica branca, sobe na árvore e corta com uma foice áurea o visco, que será recolhido em um manto branco."

A veneração dessa planta deixou traços em nossos costumes (2). Muitas pessoas consideram-na, sincera ou jocosamente, como um amuleto de boa sorte. E a força dessa tradição é ainda mais ativa no outro lado da Mancha (4).

Culto dos Animais
p. 204

Os gauleses igualmente adoravam diversos animais. Cavalo, corvo, touro e javali eram animais sagrados que deram seus nomes a certas cidades (Tarvisium, Lugudunum [de "lugus", corvo]) ou tribos (Taurisci, Brannovices, Eburones) e dos quais encontramos muitas representações em moedas e baixos-relevos. Nas Ardennes venerava-se o javali; os helvécios das proximidades de Berne adoravam a deusa Artio ( = a ursa), na qual seria talvez ousado enxergar a equivalente da Ártemis grega.

Vê-se no museu de Avignon, sob a denominação de "monstro de Noves", um urso sentado sobre as patas traseiras; com suas mandíbulas esmaga um braço humano e cada uma de suas patas dianteiras repousa sobre uma cabeça humana. Concorda-se em reconhecer nesse monstro devorador algum ídolo primitivo.

No número dos deuses zoomórficos podem-se classificar também as serpentes com cabeça de carneiro que aparecem em diversos monumentos. Estão geralmente ligadas a um deus que as agarra pelo pescoço ou as mantém nos joelhos. Essa última postura parece afastar a ideia de uma luta entre o deus e as serpentes. Deve-se, portanto, vê-las como divindades ctônicas. O mesmo aplica-se à serpente chifruda que aparece ao lado do Mercúrio gaulês.

Entre os animais divinizados, o que parece ter sido objeto de um culto bastante difundido é o touro. O fato nada possui de surpreendente, sendo esse animal o símbolo da força e do poder gerador e tendo sido divinizado de forma semelhante em outras mitologias. Pensemos, por exemplo, no touro cretense. O touro gaulês, porém, apresenta-se com certas peculiaridades assaz curiosas.

Em um altar galo-romano exumado do solo de Paris está esculpido um touro em pé próximo de uma árvore; ele traz duas garças no dorso e uma na cabeça; é o Tarvos Trigaranus ("Touro com as Três Garças"). Questiona-se qual poderia ser o significado das três garças associadas ao touro. É verdade que esses mesmos pássaros encontram-se nos relevos do arco do triunfo de Orange e surgem repetidamente nos relatos da epopeia irlandesa. Não obstante, ao nos recordarmos de que há na mitologia gaulesa um deus tricéfalo – a que posteriormente nos referiremos – e que, por outro lado, possuímos figuras de touros com três chifres, pensou-se que o epíteto "trigaranus" não seria mais que uma deformação de "trikaranos", com três cabeças, e que o touro primitivamente adorado seria um touro tricéfalo, relacionado ao deus tricéfalo Cernunnos.

Fonte:
GUIRAND, Félix (direction). Mythologie Générale. Librairie Larousse. Paris (VIe.). 13 a 21, Rue Montparnasse, et Boulevard Raspail, 14. 1935. pp. 203-204.

Notas:
(1) O texto, embora útil, é sob alguns aspectos bastante datado. Igualar "politeísmo" a "primitivismo" é somente um deles (Nota do Tradutor).

(2) Quando esse texto foi escrito, era bem menor do que hoje o conhecimento da antiga língua gaulesa. Sabe-se agora que o sufixo -(o)n- (também encontrado nos nomes de outros deuses, como Map-o-n-os, Vind-o-n-os, Rigant-o-n-a) é um aumentativo que significa "grande e divino". Assim, Epona significa não "fonte [ona] do cavalo [epos]" (a tradução da Hippokrene grega), mas "a grande égua divina". Talvez o entendimento do autor deva-se à lembrança da palavra "onno" do Glossário de Endlicher, que o escriba medieval traduz pelo latim "flumen", i. e., rio (Nota do Tradutor).

(3) Entenda-se: dos franceses (Nota do Tradutor).

(4) Isto é, nas Ilhas Britânicas (Nota do Tradutor).

Adotando uma árvore

Anteontem, estava com meu amigo Raposo, eu o chamei pra compartilhar de algo que havia resolvido dias atrás com a Lontra Voadora, de adotarmos duas árvores que estavam totalmente judiadas, não só pelo descaso que são tratadas onde vivem (sujeira), mas pelos pulgões que já haviam comido quase toda sua folhagem, deixando-a num estado gritante de socorro. Logo aquelas que são belas e chamam a atenção de longe com suas lindas saias brancas. Desde então não pensava em outra coisa, claro, ela me ajudava a não esquecer, pois toda noite ao deitar,  ela me chamava e me lembrava do trato feito aquele dia... fora o terrorismo da Lontra pro meu lado... kkkk 
É engraçado como podemos conversar e firmar amizade com uma planta, adorei o contato e a possibilidade de cuida-la. Durante o processo da poda, afinal as folhas estavam cobertas de bichos e rasgos, fui conversando com ela, as coisas que vieram em minha mente durante, era como se ela falasse comigo e me explicasse de dentro pra fora... e por incrível que pareça, ela mesma me dizia como ajudá-la... o que queria. Raposo com sua energia incrível e seu amor por tudo nesse universo (pessoa mais abençoada, nossa!), me dava toques fundamentais de como cuidá-la... e juntos, fomos modelando aquele quadro tão especial. A iluminamos de amor e de risadas. Limpamos seu canterinho, tiramos seus bichinhos e espirramos um líquido caseiro para evitar a volta deles, feito a base de fumo, um fumo diferente comprado mesmo para isso (ferve ele na água e deixe concentrar por uns 2 dias, na hora da aplicação misture um pouquinho de alcool para grudar na planta). Borrifamos em tudo, adubamos (terra), desenrolamos seus galhos... aprendi a usar o humus... e a contemplar a beleza de se cuidar de uma árvore. E pensei, "Ai ai, se cada um adotasse uma árvore no mundo!!". E pensei, poxa, vou encher o saco do povo pra fazer isso!!!! As pessoas precisam entender que não é só falar, lutar e brigar contra isso e aquilo, mas sim por a mão na massa tb... é tão simples!!! em 3 horas cuidamos de duas bichinhas lindas, que após o trato pareciam outra... e tenho certeza que daqui 15 dias, eu vou voltar lá pra ve-las... e sei que estarão bem mais fortes!
Não precisa ir longe, pegue uma perto de casa mesmo, judiadinha, de a ela um pouco de amor, carinho e atenção... um pacotinho de adubo... tão baratinho... conversa com ela!!! Acredite... ela retribuirá o presente... como as minhas amigas retribuíram... me levando pra conhecer um lugar mágico cheio de suas espécies e cada uma dela me deu uma flor mais cheirosa e colorida que guardo em mente e coração como o maior tesouro, fora os ensinamentos enquanto conversavamos... (bom, essa é outra história mais profunda)... mas o que quero mesmo espalhar é essa idéia... Adotem uma árvore como amiga!!!
To tentando aprender aos poucos como conhecer e trabalhar com elas, com as ervas em geral... com esse mundo fascinante verde que torna possível uma vida melhor pra gente aqui e a maioria nem sabe ou nem entende a magnetude da coisa. 

" A gente colhe o que planta!!"


quarta-feira, 29 de junho de 2011

...todo dia vc me dá vida...






"...não tem como ser diferente... só sentir o quentinho antes de dormir... isso é mais sagrado do que o que a gente pode falar..."




Dorme bem...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A visita...



Estive com um mestre da Clan essa noite, senhor de aparência bem velhinha já, mas com um sorriso e disposição de um jovem muito sagaz, forte... um senhor sábio daqueles que td que diz tem duplo sentido e deve ser muito bem analisado pra absorver realmente o ensinamento que ali ele quis passar... tínhamos acabado de sair de um trabalho cansativo cheio de testes... estava feliz em "ter encontrado o caminho de volta" rs
Lembro que nós estávamos repousando na grama, meio sonolentos, enquanto esperávamos os outros voltarem... alguns conversavam, alguns apenas refletiam... alguns observavam... e foi então que o mestre entrou enchendo de luz e perfume o local... nesse momento, como se fosse uma visita muito esperada, despertou a atenção de todos que sentaram prontos pra ouvir seus grandes ensinamentos... e foi com surpresa qdo ele sentou numa pedra e disse que acabara de chegar de uma viagem longa que fez e que nessa viagem tinha ganho muito dinheiro, o suficiente pra não ter dificuldades na "vida", nem preocupações esperando em "casa"... acredito que alguns pensavam nisso... na volta... que hj em dia é algo tão doloroso pra alguns de fazer... voltar pra ilusão... achei um comentário simples pra um mestre como ele fazer ali (astral) pra gente... mas senti que ele queria apenas conversar normalmente...sei lá...
O intrigante foi ele dizer que conseguiu muito dinheiro e que dividiria com a gente se quiséssemos... imagina vários olhares desconfiados...rs  Se tornou uma brincadeira atrativa... Então, todos muito concentrados, começamos a observar os gestos e expressões do mestre, pra não perder nenhuma dica...
Então ele tirou do bolso um cartão de banco... e começou a passa-lo pela nossas vistas... e dizia mais uma vez que a quantia era absurda, e que quem realmente quisesse obter metade de td aquilo ele daria sem se importar... ninguém piscava, esperando começar a dizer a "receita" do grande bolo...!!! Passava ele pra lá e pra cá, como se seduzisse a gente com a idéia...
Depois de alguns minutos o mestre ri e diz... ok, o tempo de vcs acabou... e ninguém quis a metade da minha riqueza...!!! e ainda brincou como a gente falando como estávamos evoluídos e não ligávamos pro material...
Ai todo mundo olhou surpreso até que um disse: Mas não ía nos ensinar como conseguiu mestre???
E ele sarcasticamente terminou a conversa por dizer... não, eu descobri sozinho!!! só ofereci o dinheiro!!!  quando vcs estiverem prontos pra agarrar uma riqueza, não pensem duas vezes ao pedir (pegar), e não desperdiçar uma oportunidade quando ela desfila na frente de vcs, por mais absurda que ela possa aparecer... era só ter me pedido... eu disse que daria, não havia segredo algum nisso... colocou o cartão no bolso e continuou caminhando rindo de tal ensinamento...
Não me esqueço daquele rosto expressivo já pelo tempo e experiência... a voz dele na minha mente gritando satiricamente... "poderia ter pego...não ignore as oportunidades por mais absurdas que elas pareçam... era simples demais e por isso ninguém quis!!!"


**moral da história pra mim... não pense duas vezes ao pedir ao seu "mestre" ajuda... ele não tem obrigação de te ensinar se vc não pedir o ensinamento.... kkkkkk seja esse mestre uma pessoa, ou a própria vida!!! E... nos joguemos de cabeça... sem medo!! o maior desafio é vencer o próprio ego e admitir que as coisas devem ser mais simples do que esperamos, a gente que complica.



Adorei a visita!!! 

terça-feira, 21 de junho de 2011

...

"Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria


 para o homem tal como é: infinito."

A Fada Verde voltou (Eu quero!!!)


O destilado do Absinto foi inventado pelo Dr. Pierre Ordinaire (1741-1821, que dessa forma se redimiu do nome que herdou), médico francês exilado em Couvet, na Suíça, corria o ano de 1792. O seu objetivo seria inventar uma poção digestiva. Porém, quando poucos anos mais tarde adicionou álcool à formula de absinto, anis, funcho, hissopo, e outras ervas aprimorantes do seu sabor, para potenciar o seu efeito (pois claro;), criou a bebida que viria apaixonar e animar os prolíferos meandros artísticos parisienses do final do séc.XIX e princípio do séc. XX, onde se tornou célebre e conhecida internacionalmente. Infelizmente, o Dr. Ordinaire ainda viveu para ver a sua bebida ser proibida.

O absinto, se tornou a bebida mais popular durante o período do século XIX. Várias pessoas acham que, o absinto era um ótimo potencializador de criatividade, por ele ser afrodisíaco. E devido a seus supostos efeitos alucinógenos, o absinto ficou conhecido popularmente como: A Fadinha Verde ou Fada Verde.



A diabólica infusão de ervas cor de esmeralda tornou-se uma lenda etílica ao fazer a cabeça dos principais artistas da belle époque, conquistados mais pelos efeitos que provocava do que por seu amargo sabor de anis.

Por volta de 1910, o principal ingrediente da poção – uma planta alucinógena de nome Artemisia absinthium – foi apontado pelos moralistas da Europa como responsável por alucinações, surtos psicóticos e até mortes. O resultado foi sua proibição.
Que outra justificativa além do absinto poderiam encontrar para o comportamento excêntrico de Van Gogh, consumidor fiel da bebida? E como explicar o turbilhão criativo que percorria os neurônios de Picasso, Toulouse Lautrec, Oscar Wilde, Paul Verlaine, Baudelaire e Rimbaud?



O absinto virou artigo de tráfico, comercializado no câmbio negro em quase todo o velho continente. Hoje, a produção legal da esmeralda engarrafada é restrita à República Tcheca e Portugal, de onde começa a ser importada.

Para ser admitida no Brasil, teve sua gradação alcoólica diminuída de 57% para 53,5% – isso mesmo: mais da metade é álcool puro, uma paulada. Tudo porque a legislação brasileira não permite gradação superior a 54 graus. Apesar de a porcentagem original ser de 68%, o absinto continua sendo a bebida mais forte do mundo. Tão forte que a sutil diferença entre as versões portuguesa e brasileira passa totalmente despercebida. Seus goles amargos chegam a provocar repulsa se bebericados em estilo cowboy. Não é de se espantar que, após duas ou três doses, as paredes do bar assumam um fantástico aspecto esverdeado, composto com pinceladas expressionistas...

Poção mágica
Hipócrates, o pai da medicina, costumava receitar uma planta chamada Artemisia absinthium para tratar anemia, asma, reumatismo e cólicas menstruais.
Em 1792, um médico francês de nome Pierre Ordinaire se surpreendeu ao encontrar, nos campos suíços, a famosa espécie que aparecia em seus livros. Começou a fabricar uma poção composta por 16 ervas, dentre as quais camomila, melissa e anis. Como a principal era o absinto, seu nome foi dado à droga. Não demorou para Ordinaire descobrir que o efeito da mistura poderia ser potencializado em solução alcoólica. Mais precisamente 70% de álcool e 30% da infusão de ervas compunham o elixir.
O principal princípio ativo do absinto é uma substância tóxica chamada tuiona, capaz de manter as células cerebrais em permanente estado de excitação. Tuiona em excesso pode provocar convulsões e até falência do fígado, além de conferir à bebida seu caráter alucinógeno.
Hoje, a porcentagem da toxina presente na artemísia é controlada pela União Européia e foi diminuída 26 vezes. Água, açúcar, anis verde e corante juntam-se ao álcool e à infusão de ervas na fórmula do destilado, além da artemísia, entram na infusão sementes de funcho, hisopo e erva cidreira.



Curiosidade:
O absinto tornou-se proibido na França e no mundo em 1915, pelo fato de que não havia informações sobre a planta: Artemisia absinthium, e sobre seu princípio ativo “Thujone“.

O que é Thujone?
Thujone é o princípio ativo da mistura das seguintes plantas: Artemisia absinthium e Artemisia pontica. O Thujone em altas quantidades pode ter efeitos alucinógenos. Hoje a quantidade máxima permitida pelo Conselho da Europa e Ministério de Saúde do Brasil é de 10 mg/kg.
Efeito Louche
Como descobrir se o Absinto que você bebe é de boa qualidade?
Isso é simples, darei a dica.
O absinto contém terpenos, óleos essenciais das plantas utilizadas. Estes óleos são solúveis no álcool, portanto invisíveis no Absinto engarrafado. Ao adicionar gelo ou água gelada no Absinto, diminuímos seu teor alcoólico e sua temperatura, tornando os terpenos insolúveis, e eles aparecem na cor verde fosforescente. O efeito visual da mudança da cor, chamado de: Louche, certifica que o seu absinto é de ÓTIMA QUALIDADE, por possui as plantas originais em grande concentração.

O Ritual Bohemian

Tradicionalmente, o consumo de absinto cumpre um ritual. Água gelada é vertida lentamente sobre um copo com a bebida, atravessando uma colher perfurada que sustenta um torrão de açúcar.



Drinques foram recentemente criados para homenagear os mais célebres apreciadores do mito, como Hemingway (duas doses de absinto diluídas em uma taça de champanhe com gelo) e Monet (uma dose de absinto e duas doses de soda misturadas com hortelã amassado e gelo). José Maria Meira, chef do Restaurante Limone, resolveu testar o sabor da bebida em seus pratos. Concebeu um cardápio especial, utilizando o absinto em patês, molhos para salada e até em pescados. O prato cativa pelo contraste entre o sabor adocicado das maçãs e o amargo sumo da fada verde.

O Absinto é uma bebida sagrada, possuindo um grande encanto na hora de sua preparação. Por esse motivo, é necessário uma mão firme e uma boa conduta na hora de derramar o “elixir engarrafado” no cálice.
O que você precisará:

1. Uma garrafa do seu Absinto favorito. (Recomendo o absinto Camargo, de produção Nacional. Com certeza, o melhor do mercado brasileiro. Possuindo em sua composição a originidade da Artemisia e com 54% de teor alcoólico.)
2. Um cálice – nomeado de portarlier de vidro. Porém, não há nenhum problema se for feito num copo de plástico.
3. Uma colher tradicional do ritual do absinto – nomeada de absinthe spoons. No entanto, não há nenhum problema se for feito num garfo.
4. Uma jarra de puro gelo ou água fria – denominado como absinthe fountain’.
5. Açúcar em cubos.
6. Uma (1) caixa de fósforo ou isqueiro.
Agora que você conseguiu a lista, vamos para 2ª parte do ritual. Descobriremos, agora, a mágica que é fazer o ritual bohemian…
Se você preferir mostrar este encantamento para seus amigos, chame-os, não haverá nenhum problema. Mas, se quiser fazer sozinho, okay. Continuando…
Sente-se confortavelmente na sua cadeira e, observe o absinto por alguns minutos, respire profundamente e libere todos os problemas de sua cabeça. Essa etapa frequentemente é esquecida por alguns, mas, descobrimos que ela é essêncial no ritual e é capaz de aumentar em 10x o prazer, no momento de beber o absinto.
Uma vez que sua mente e corpo estão à vontade, coloque a sua colher com um cubo de açúcar sobre a boca do cálice, e adicione 30ml do absinto (Não esquecendo de derramar o Absinto sobre o açúcar). Agora, pegue o seu fósforo ou isqueiro e põem fogo sobre o cubo de açúcar. Você irá notar a magnitude das chamas, focalize seus olhos no fogo e fique atento.
Quando o fogo diminuir ou apagar-se derrame o torrão de açúcar caramelizado dentro do cálice, onde se encontra os 30ml de absinto. Agora, coloque 90ml de água fria c/ gelo e misture bem o açúcar torrado, os 30ml de absinto e os 90ml de água fria c/ gelo.
Agora, feche os seus olhos… Levando o cálice sobre os seus lábios, beba o elixir das fadas. 

Depois abra os olhos lentamente... e aguarde a Fada verde vir ao seu encontro...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Chega de dependência!!


Vou falar aqui de uma droga terrível... aquela que nos mata realmente aos poucos e mesmo a gente se dando conta, a gente bate o pé pra mante-la viva em nossas vidas. Falar do maior dos vícios dos novos tempos... Essa droga pode ser chamada de amor por alguns... paixão por outras... dependência hj por mim...  Sabe quando sentimos que não podemos ficar sem alguém!? Que aquela pessoa completa...e só consegue se ver feliz ao lado dela... Chega até a doer a falta de contato? Geralmente é aquela que faz vc se sentir em êxtase por um tempo determinado... mas que não se prolonga e qdo vc tá totalmente entregue ela já não te satisfaz mais... e vc não entende o que houve, já que a pessoa jura de pé junto que nunca te amou tanto na vida... e o vicio te doí na alma...esse tipo de sentimento nos envenena um pouco a cada dia e depende de nós por esse vicio pra fora quando percebe o perigo eminente...Afinal, quem não quer um caminho de beleza???  Há pessoas na vida da gente que são isso, vícios... que dão apenas aquela sensação de satisfação momentânea.. depois passa e vc se arrasa...se sente idiota, sente que desperdiçou demais seu tempo e carinho por alguém que não sabe o que quer e atrasa sua vida.... ela te atropela e te mostra o amargo da coisa e vc sente que jogou fora o melhor sentimento que vc ja sentiu, por alguém que não tem maturidade pra encara-lo. Sente até que amar não vale mais a pena. E ela vem e tenta te seduzir outras e outras vezes com promessas de que td vai ser diferente... mas gente, não vai... isso é auto destruição!!!
Que aconteceu com os antigos relacionamentos saudáveis???
To cheia de vícios, to pondo pra fora td que realmente não me agrega nada. Não tolero mais mediocridade na minha vida. Eu quero paz! Quero minha mente leve e meu coração aberto...
Fica uma dica, parem e pensem se não estão se auto destruindo por uma imagem de algo que só acontece dentro de uma grande ilusão chamada matrix! Abram bem os olhos, ponham pra fora td que não lhe acrescente nada de bom... drogas como essas  só empatam sua vida... limpem o caminho pra que a verdadeira beleza o complete... arranquem os espinhos... não te tirem do seu real caminho e busca. Sejam verdadeiramente felizes e não dependentes de pequenas doses de satisfação enganosas criada pela grande teia pra te limitar a esse mundo pequeno em que vivemos.

Que essa tenha sido minha última dose!


Excelente texto baseado na mitologia celta e o culto aos animais totem por Lontra Voadora...





domingo, 19 de junho de 2011

"Que medo alegre, o de te esperar. " C.L.


então,
*se eu for primeiro
*eu cuido de vc enquanto estiver aqui...
*se vc for primeiro
*vc cuida de mim..
*para que a gente nao se sinta
*sozinho e único
*um vai esperando o outro...

sábado, 18 de junho de 2011

Que saudade de vc criatura mais linda!!!


Obrigada por tudo amigo querido!

Hoje lembrei de ti dançando isso naquela peça..rs puts, quanta saudade.... 





Ele vadeia em águas fechadas
Sono profundo altera meus sentidos
meu único rival eu devo obedecer

Vai comandar nosso duplo renascer
O mesmo Insano Sustenta Outra vez
(Os dois juntos junto de nossos próprios corações)
Calei e escrevi
Isto em reverência pela coincidência.


http://amigosdoarthurnetto.blogspot.com/
http://www.galpaoarthurnetto.com.br/
http://www.overmundo.com.br/agenda/um-tributo-a-arthur-netto
http://www.orkut.com/Community?cmm=22809365&hl=pt-BR

...


"Se a sorte foi um dia
                                                                  Alheia ao meu sustento
                                                                  Não houve harmonia
         Entre ação e pensamento..."

       "Não existe beleza na miséria
                                                                 E não tem volta por aqui
                                                                 Vamos tentar outro caminho
                                                                 Estamos em perigo
                                                                 Só que ainda não entendo
                                                                    É que tudo faz sentido..."


quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Deusa Scâthach

A Deusa Scâthach era conhecida como "a Mulher que semeia o Medo". Deusa cujo reino era a Ilha de Skye (Sombra), onde treinava os jovens nas artes bélicas e na caça.
No entanto, apenas os aprendizes mais decididos sobreviviam à jornada, pois tinham que atravessar uma ponte instável que atirava os iniciados imprestáveis a água.
A perigosa ponte e outras tarefas difíceis e paradoxais eram típicos ao treinamento de Scâthach. As guerreiras-mestre, enviavam seus iniciados em buscas e depois colocavam barreiras em seu caminho. Na maioria das vezes, essas barreiras eram as próprias guerreiras,

transformadas em bestas ou guerreiros maléficos.
O herói irlandês Cuchulainn atravessou a ponte de Scâthach com o "salto do salmão": pulou até o meio da ponte e, com um segundo pulo, chegou até a outra extremidade, demonstrando metaforicamente o pulo de fé para ingressar no reino feminino.
Considerações lógicas e racionais devem ser postas de lado. A investida direta, a maioria das vezes, é o caminho mais curto ao mundo do inconsciente. A ajuda de uma mulher é importante, pois ela já nasce treinada nos mistérios femininos, possuindo um elo nato com a noite, a escuridão, o útero e a Grande Mãe. Isso, se não tiver sido rompido pelo sistema de valores patriarcais que despreza esses segredos femininos.
Scâthach ensinou a Cuchulainn as técnicas de guerreiro e também os mistérios do sexo. De acordo com a lenda, ela ofereceu-lhe "a amizade das coxas". Toda a guerreira celta era conhecida como uma furiosa amante erótica, mesmo podendo ser uma temível inimiga.
Segundo as velhas leis celtas irlandesas, era exigido de todo o proprietário de terras que servissem de guerreiro em seu clã e como as mulheres também tinham o privilégio de serem  proprietárias de terras, estavam obrigadas a fazerem parte da casta de guerreiros. Algo que era considerado uma honra.
Para os que não tinham posse de terras, era mais difícil obter essa honra. Havia a possibilidade dos pais darem seus filhos e filhas em adoção a um guerreiro(a), porém nem todas as famílias podiam custear tais despesas, pois o treinamento era cobrado. Geralmente os filhos passavam a servir o guerreiro(a), em troca da iniciação à arte da guerra. Outra possibilidade era por méritos próprios, como a condecoração por um feito heróico, ou algo do gênero.
As mulheres foram desvinculadas desse treinamento no ano 697 d. C, aproximadamente, por uma  lei irlandesa conhecida como "Cain Adamnain", editada por um bispo chamado Arculf, que depois acabou sendo chamado de São Adamnain. Júlio César disse que as mulheres guerreiras irlandesas possuíam muita força e em uma batalha contra os celtas, quando elas eram chamadas, havia muita pouca chance de se obter uma vitória.
Todos os guerreiros celtas, homens e mulheres, estavam submetidos a certos códigos de honra, que na Idade Média, ficou conhecido como "Códigos da Cavalaria".
As mulheres guerreiras não só desfrutavam do status da elite guerreira, como também tinham  obrigações. Uma das principais era instruir os novos guerreiros. Era costume celta as mulheres ensinar os homens e os homens ensinarem as mulheres.
A iniciação dos guerreiros era composta por três partes: armamento, cognominação e iniciação sexual. Depois de vencidas essas três etapas o guerreiro regressava à Irlanda e era considerado invencível.
Segundo algumas fontes, Scâthach era filha do rei Scythia e foi mãe de dois filhos: Cet e Cuar.
Já outra fonte diz que foi mãe de três virgens: Lasair, Inghean Bhuidhe e Uathach. 
Cuchulainn foi treinado por Scâthach durante um ano e um dia, período em que teve por amante sua filha Uathach. Ele também teve um filho com Aife, irmã de Scâthach, chamado de  "o infortunado Conlai", que mais tarde é morto por Cuchulainn, já que quando o jovem vindo da Ilha das Sombras para visitar Ulster, não se reconheceram e o enfrentamento foi inevitável.
Desgraçadamente, o anel de ouro que carregava Conlai o identificou, mas já era tarde demais. 
Foi também Scâthach que deu a Cuchulainn o "Gae Bolg", sua lança (ou espada em algumas versões).



quarta-feira, 15 de junho de 2011

A erupção do vulcão Puyehue

O vulcão Puyehue entrou em erupção no sábado, dia 4 de junho.. ele fica na Cordilheira dos Andes, a uma altitude de 2.240 metros..ok ok... prejudicou muita gente... atrapalhou os voos... mas meu coração não cabe dentro do peito ao ver tais imagens...LINDO... 





















http://especiais.ig.com.br/zoom/a-erupcao-do-vulcao-puyehue/