domingo, 29 de setembro de 2013

Charles Bukowski

"Algumas pessoas nunca enlouquecem. 
Elas devem levar uma vida verdadeiramente horrivel...
Malditas pessoas tediosas!, em toda face da terra propagando novas malditas pessoas tediosas.
Que show de horrores! A terra está formada por elas."

sábado, 28 de setembro de 2013

Parecia que não ia acontecer com a gente, nosso amor era tão firme forte e diferente...


Acabo de assistir um filme chamado "A vida de nós dois", nossa... lembro que a primeira vez que o assisti ainda era casada e meu ex marido e eu após ve-lo, nos prometemos que isso nunca aconteceria conosco. Que se um dia nos separássemos, seriamos parceiros e continuaríamos sendo bons amigos. 
Ficamos 10 anos juntos, começamos tão cedo a desfrutar do amor, da vida a dois que acho que não nos demos conta do quanto estávamos abrindo mão e do quanto isso pesaria lá na frente. Conheci o Jim pela internet, nos tornamos bons amigos e confidentes em pouco tempo, e quando nos encontramos pessoalmente, foi quase instantâneo nos apaixonar. Eu era tão nova, ele trazia tanta novidade à minha vida. Ele era tudo que eu queria num namorado, ele começou a me ensinar a viver a vida. E isso me deixava em êxtase... hoje vejo que sempre necessitei de liberdade, de conhecer coisa nova, de mudar, de desfrutar o mundo desconhecido. E foi nessa aventura que adentrei ao lado do meu primeiro grande amor. Vivi com ele minhas grandes experiencias, meus grandes prazeres... eu tinha tudo ali, um grande amigo e um grande amor... engravidamos, saltamos nessa vida de casal sem pestanejar e foi bom, muito bom alias... mas a responsabilidade triplicou e talvez nem estivéssemos tão preparados pra isso... mas a gente tocou, e a gente levou da melhor maneira possível, criamos filhos com amor e esforço... abrimos mão de muita coisa pra ter td que achamos necessário ter no momento. Mas não é fácil, não é fácil compartilhar, dividir, acompanhar um ao outro sem deixar parte de vc pra trás... ainda mais quando nesse processo ainda estamos crescendo... aprendendo... e isso aconteceu conosco. Crescemos e só depois de uma vida toda montada, que fomos percebendo o que queríamos da nossa vida, do que queríamos ter, conquistar, fazer dos nossos dias. Não que isso não pudesse se encaixar no nosso dia a dia em família. Poderia! Poderia se nossas conquistas fossem um pouco parecidas e caminhássemos no mesmo caminho. Mas não, nossos Eus queriam trilhar caminhos opostos e nos perdemos em nos dividir entre nossos eu e nós. Aos poucos não tínhamos mais diálogos, não tínhamos mais locais preferidos em comum, e nos tornamos dois estranhos numa casa, onde o que nos unia era as crianças e o que queríamos pra elas. Aos poucos fomos tentando e tentando e forçando e fingindo e se engando... não tem como negar que os últimos dois anos já sabíamos que não daria mais certo. Lembro do nosso último ano novo no sítio da irmã dele onde do nada me veio aquelas coiss que tenho sempre, aquelas "premonições" do que viria e eu vi nitidamente que aquele seria nosso último ano novo juntos. sentei na escada e chorei, chorei chorei tanto que doía o peito. Ele sentou ao meu lado me abraçou e me perguntar o que houve eu disse td aquilo que tinha sentido/visto ele me abraçou e disse que tudo ficaria bem, sabíamos que ele estava mentindo, que também não acreditava naquilo. Aquela noite foi mórbida pra mim, como se visualizasse um flash back feliz que havia já perdido.
Três meses depois daquilo, voltamos a nossa vida ausente um do outro, comecei minha faculdade parada há anos atrás quando começamos nossa família, fiz amigos... comecei a desenvolver meus interesses e talvez isso o tenha irritado. A gente não se procurava mais, eu preferia passar minhas noites na internet conversando com amigos, com amores virtuais tão inocentes, típicos de alguém carente e sem perspectiva. Uma noite ele me ouviu dizer à meu melhor amigo na época que o amava. Não sei se ele realmente não entendia aquele amor de amigos/confidentes - que era coisa que tínhamos como quando começamos - ou mesmo se isso virou motivo de desconfiança por saber como eu e ele de uma grande amizade nos tornamos marido ou mulher, ou se simplesmente precisa de um motivo pra por em prática o que já tava na cara, o fim do casamento. Naquela noite ele disse tudo que odiava em mim, e tudo que ele disse era quem eu era agora. No que tinha me tornado. Minha religião, meus ideais, minha vida toda era uma grande agressão à ele e a nossa família. Eu ainda tentei voltar atrás e dizer que faria tudo diferente pra ficar com ele e continuar nossa família, mas hoje reconheço que era medo. Eu não sabia nada da vida naquela época, não ia no centro de Guarulhos sozinha, não tinha emprego, formação, amigos... nada... eu não era nada e não tinha nada. Tudo que eu tinha  na vida era minha família. Que eu assistia dia a dia desmoronar por não termos mais nada em comum. 
Conversamos bastante, passamos 3 meses debaixo do mesmo teto e  em quartos diferentes tentando descobrir o que queríamos e faríamos... mas aquela coisa dentro de mim que não aguenta comodismo começou a me tomar mais uma vez e eu sentia dentro de mim que não podíamos ficar naquela mentira... tinha medo que aquilo tinha sido apenas umas desculpa para separarmos de quarto de vez e viver um casamento de mentira como tanto vemos ter por ai... velhinhos juntos, porém arrependidos de nunca ter de fato vivido a vida. Ai um sábado eu acordei destinada a fazer td dar certo outra vez entre nós, lembro que fomos no shopping com as crianças, foi tão bom... estávamos tão família de novo, se dando bem, rindo junto.... lembro que entramos numa loja e eu fiz ele comprar roupas pra ele, escolhemos e deixamos ele lindão. 
Quando chegamos em casa e lembramos do quarto separado, ele começou a chorar... lembro que naquela noite ele me disse que tava sufocado e não sabia o que fazer, que queria por pra fora e conversar sobre, mas comigo não dava. Eu aconselhei ele a sair com amigos, falar com alguém pra não ficar assim. Que precisamos decidir o que fazer de nós; Ele fez isso, foi tomar cerveja com uns amigos do trabalho. Ele voltou tão mais alegre, comunicativo, aos poucos a gente ia se soltando um com o outro sabe... achei que ficaríamos bem. Ele tava mais feliz. Então na véspera do feriado da pascoa, ele saiu de novo com os amigos, naquela noite ele voltou bem tarde, algo dentro de mim já tinha me avisado que algo acontecera. 
Eu tive a prova que ele tinha estado com outra mulher. Me senti tão humilhada! Mas ao mesmo tempo uma força cresceu dentro de mim e quis por fim em tudo. Pedi que ele saísse de casa no dia seguinte. Tá, ele foi morar na casa ao lado, o pai dele era vizinho... ainda sentia que poderíamos voltar. Até que um dia voltando da faculdade, vi ele dentro de um carro parado em frente de casa com outra mulher. Detalhe, devia ter 20 anos a mais que eu. Pensa numa pessoa virada no avesso, queria bater nele com algo bem pesado. Queria estar longe o máximo  possível dele, enfim, queria que parasse de doer. Queria não me sentir envergonhada perto da família dele, ou até mesmo dos vizinhos que devem te-los visto juntos. Engoli a família dele ter me acusado de adultério, engoli o medo de trabalhar em um lugar desconhecido e arrumei um trampo em SP e decidi dar um jeito em td sem a ajuda dele.
No dia seguinte já tinha arrumado advogado e pedi a separação. Ele ainda não acreditava muito, até assinarmos tudo. No dia da assinatura ainda foi bem esquisito, sentados na frente do fórum esperando a nossa vez, nos tornamos amigos de novo, rimos, conversamos, estivemos juntos como lá atrás quando ele era apenas o Jim e eu a Lua. Ali ele me disse que eu teria sempre o melhor amigo que eu já podia ter desejado na vida. eu acreditei. Mas ao sair do fórum, nos despedimos e cada um foi pra um lado e ali me senti de fato sozinha. 
Arrumei minha vida, comprei minha casa, dei estabilidade aos meus filhos, ralei pra terminar minha faculdade, arrumei amigos, dei liberdade a minha religião e forma de vida. Conheci os lugares que sempre quis conhecer e nunca ele tinha me levado... fiz muita coisa que antes me sentia presa pra fazer. Conheci novas bocas, novos toques... novos olhares! E mesmo não me identificando ou me abrindo muito pra nenhum deles, eu prossegui a minha vida. E sou muito feliz por isso hoje. Dei a volta e me amo bem mais do que amava naquela época. Aprendi a me cuidar, me gostar um pouco mais... a aceitar meus defeitos e dificuldades e lutar pra aprender a cada dia como melhora-los. 
Só que nessa trajetória, ele mudou também. E de repente quem me tornei ele passou a odiar. Passamos pela fase da boa convivência, dela pra uma fase de discordância, seguida de uma fase de brigas até chegarmos no ápice do desrespeito e eu com aquela que surge em momentos decisivos, resolvi me mudar de cidade e me afastar totalmente dele. Fato... E hoje mal nos cumprimentamos. 
A família dele meio que me rejeitou, parou de falar comigo... enfim, nos tornamos dois estranhos que mal consegue trocar uma palavra. Hoje me irrita deixar que ele leve meus filhos, é quase uma afronta... é um sentimento de aversão... enfim. É pai deles, sei que eles precisam conviver, mas dói. Dói ser lembrada de como essa relação terminou, de como nada sobrou de uma vida juntos; Por ele não saber aceitar a pessoa que sou hj, por ele não entender e talvez nem querer estar perto da pessoa que me tornei. 
Ele não me permitiu crescer nesses 10 anos juntos, eu por comodismo ou medo, sei lá embarquei e acabei deixando pra lá minha vida pra viver a nossa vida juntos e isso é um erro.
Meu conselho aos que hj pensam em casar? Não se anulem! se abram mas não a ponto de perder sua identidade, descubra quem é o outro, veja se gosta, veja se aceita e ta disposto a compartilhar disso tudo. Não tente mudar as pessoas, e se elas mudarem, deem apoio, pq essa é a lei da vida, se transformar... evoluir, crescer e se descobrir. E por favor, se se casarem e descobrir que não é mais feliz nisso tudo, seja leal, abra o jogo e se permitam À felicidade. Para que no futuro não haja arrependimentos ou culpado. E não esqueçam, que não vale a pena o desentendimento. é uma energia gasta desnecessariamente. Não nos leva a nada, não nos trás nada de bom. 
É uma pena não sermos mais amigos, como meus pais são, seus pais são... mesmo depois de separados por motivos bem piores que os nossos... é uma pena vc ter se fechado pra mim. Não te desejo mal, pelo contrário, acho que sempre vou amar você, ou quem vc foi...mas não sou obrigada a ser como vc quer. Não sou obrigada a viver uma mentira pra ser mais comodo. Sou apenas eu... e sou feliz com isso. Queria que pudesse entender e estar feliz por mim tb. 
Hoje senti saudades ao ver esse filme... não do nosso amor casal, não de vc como homem... mas de poder partilhar momentos ricos de nossas vidas, nossos filhos... sentir que vc não é o inimigo, que tudo não foi em vão. 


Não sei viver pela metade! Eu quero tudo! Quero cor... Sentir!




domingo, 22 de setembro de 2013

Simples assim

"Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. E o mais independente também. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras, é receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Não é sentir nem sentir contra... Nem sentir para... Nem sentir por... Nem sentir pelo... Afinidade é sentir com. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber... É mais calar do que falar, ou, quando falar, jamais explicar: apenas afirmar. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram, foram apenas oportunidades dadas pela vida."


sábado, 21 de setembro de 2013

Desvelando



Tenho pensando tanto nas coisas, na vida, nos acontecimentos que as vezes me esqueço de organizar tudo e  por ordem no caos que vira.

Quando me dou conta a maré baixou, a ressaca se foi e a brisa suave retorna acolhedora. Esqueço de aproveitar essa fase para rever os conceitos e fórmulas nada estabelecidas para lidar com tudo.

Estava pensando hoje nas minhas metas pra esse ano, o ano passou tão rápido... tanta mudança... trabalho, cidade, contatos... prioridades! Interessante como td de repente perde o sentido e passa não ser mais importante a ponto de vc não sentir mais falta.

To lutando pela minha tão sonhada promoção! agora vejo uma luzinha no final do túnel... acho que finalmente reconhecerão meu trabalho, que tem sido bem árduo e cansativo, mas que a cada dia descubro o quanto gosto e aprendo com ele. Bom assim né?

Estou mais próxima dos meus familiares, resgatando minhas raízes, deixando mágoas passadas de lado, aprendendo a partilhar um espaço, a respeitar opiniões totalmente adversas às minhas... a ganhar tempo dos que realmente são parte de mim. Firmar minhas vontades e opiniões. Passei tempo demais dando importância à quem hj mal fala comigo, que me dei conta o quanto me esquivava de quem me amava incondicionalmente. Perdia tempo com quem me iludia.

Mas é bom sentir que o desapego acontece, que aquela pessoa que era um vício, hj passa tranquilamente por meus olhos sem afetar. Uma hora a gente percebe que família são só nossos pais e filhos.... o resto, bom o resto passa... deixa marcas, boas recordações, outras nem tanto, mas passam. E isso é bom, aprendemos o que é necessário e paramos de gastar energia, com o que nada tem mais a nos acrescentar. Cada qual tem sua importância no tempo certo, não adianta forçar a permanecia, não compensa sofrer pela falta do que não te completa. De coração desejo o melhor à todos meus pedacinhos soltos pelo mundo, mas prefiro caminhar leve e sem pesos em meus ombros e coração.

Mesmo assim as vezes me deparo com o vazio e sinto a depre chegando. Acredito até que me esquivo dela, por muitos motivos, não me permito entrar nessa energia. O motivo maior são meus filhos e a teimosia, claro rs... não me permito tal fraqueza, apesar de ter dias em que até levantar da cama machuca, falar irrita, ouvir atormenta e chorar é o único refúgio acolhedor, e antídoto pra pressão que vem de dentro pra fora. As vezes  acho que se me permitisse entrar nesse nevoeiro, me jogaria de cabeça. Vestiria a loucura que me cobriria como luva... mas não, nem quero pensar nisso agora que a maré baixou. Pq a loucura me encanta, é bastante convidativa... até mesmo prazerosa... mas enfim, muitos não entenderiam o significado de tais palavras... deixa quieto isso...

Esses dias tenho me deparado com novidades vindas do meu subconsciente... mensagens indiretas e diretas à minha razão.  Tem mexido com minhas vontades, meu querer...Tenho tido desejos à muito não sentido, esperado... ando traindo minhas próprias promessas e convicções. Ando interagindo com essa cultura de merda que sou obrigada a engolir por viver nesse mundo isolado. Isso me incomoda e me deixa ansiosa ao mesmo tempo. E aquilo que eu dizia firmemente ser, hj me pergunto se já foi.

Hoje, gostaria de estar mais aberta ao amor, à um relacionamento... mas quando penso em suas complicações, reconheço que não estou prontas pra eles. Quando penso em tudo que abri mão por dividir uma vida com alguém, me fecho em minha concha mágica de hesitação. Mas tenho gostado de sonhar comigo e alguém, a sensação é boa... tento reconhecer aquele rosto, a voz, o cheiro... mas não, nada... e fica tudo isso imerso entre ondas e vibrações ainda misteriosas... quem sabe pro futuro eu reaprenda a amar.
A idéia de uma relação aberta me alegra mais, combina mais comigo... mas no mundo em que vivemos hoje, não sei se conseguiria encontrar parceiros com o mesmo ideal. Tantos preconceitos, tanta frescura e  limitações impostas que fica difícil achar realmente a tampa da panela, ou no meu caso, os acessórios diversos. Sinceramente não me importo com cor, raça, sexo, nacionalidade... me importo com o prazer apenas, o sentimento... a interação e conectividade ao trocar um olhar, um toque... um hummm....enfim!

Isso de ser diferente é tão cansativo sabe, parece que vc passa a vida toda tentando se encaixar, ou achar um ser dentre todos parecido com você. As vezes me sinto sozinha demais por não ter alguém quem entenda minha maneira livre de pensar e encarar as coisas. Queria alguém como eu pra conversar...

Essa semana andei discutindo sobre a morte. Porque as pessoas insistem em encara-la como uma coisa ruim e tristonha. Eu não serei hipócrita dizendo não sofrer quando alguém que gosto morre. Claro que sofro, choro, fico mal. Mas por um tempo, depois penso nessa pessoa com alegria, amor, faço zueira ao falar dela e não a trato como santa ou algo intocável como as pessoas falam. A morte deveria ser encarada como uma grande viagem, onde a despedida é difícil, mas a certeza do reencontro  é maior. Como diz meu filho, como um intercambio... onde a comunicação fica difícil... me irrita essas pessoas que fazem drama com a morte... ou aquelas que adoram curtir o sofrimento da despedida inicial. Tem coisa mais besta que velório? Morreu... o que sobra é apenas matéria... adubo... não vejo o pq ofende isso. Pra que ficar endeusando um tumulo com restos da pessoa que nem ta mais ali???? criando toda uma energia ruim em torno de uma pessoa amada. Ahh de boa, bobeira demais isso. Seguinte, aos meus filhos e pessoas próximas, já informo que não quero nada disso... não percam tempo ou dinheiro se preocupando com meu corpo, quando eu morrer, se desfaçam do corpo o mais rápido possível, sem dor, sem dificuldade... nada de velório ou esses hábitos banais em que só faz curtir e prolongar a dor dos que eu amo. Nada de me enfiar em cemitério...  Façam festa na minha partida, Lembrem dos meus momentos bons, das risadas, falem do que conquistei, falem do que eu superei, mas não percam tempo com lamentações; Acho que a morte deveria ser mais encarada pelas pessoas, todo mundo deveria falar da sua, programar a sua... de boa gente, sem neurose.... todo mundo deveria deixar claro como gostaria de ser tratado ao deixar esse recipiente. Afinal a vida continua, só muda a forma, o plano... enfim. Não quero um tumulo, não... quer lembrar de mim, matar a saudade, abrace o vento, converse com a lua... de risada com o sol, mas por favor, não derrame lágrimas desnecessárias em uma lapide trancafiando restos de carne podre que so serve pra alimenta a terra, devolvendo aquilo que nos foi emprestado pela natureza.
Sou um espirito livre, pq meu corpo seria um pesar?

Esse ano, uma das minhas metas é uma cirurgia, e toda cirurgia tem seu risco o que me faz pensar que posso sim, morrer em breve... ohhhhhhh que drama falar em morrer tão jovem... quanto bobeira, cada um vive o tanto que tem que viver aqui, a idade pouco importa... e se acontecer, não quero lamentos, quero que pensem que morri feliz por lutar por algo melhor pra mim. Meu medo é morrer sem ter tentado ter/ser! Sem ter sido verdadeiramente feliz e realizada. meu medo é viver uma vida inteira de frustrações onde eu não consegui ser o que sou.

Continuando essa linha de pensamento... deixemos o materialismo de lado.... se eu morrer, cada um que vier pra minha festa de morte (rs) leve algo das minhas coisas consigo. Isso facilita para meus familiares se livrarem das coisas sem pesar... ou sem ter trabalho, e meus amigos podem ter uma lembrança pra rir comigo, ou mesmo pra suprir algum desejo ou simplesmente pra entrar no jogo.

...e esse post tomou um rumo nada ve... kkkkkkk ok, o vinho ajudou a desandar o assunto, mas acredito ter sido válido.
Loucuras de sábado a noite em boa companhia e boa música... matando saudade de amigos queridos... conversando atoa na noite acalorada de setembro com um certo Violeiro da Lua e seu fiel companheiro rs