BRUXARIA TRADICIONAL - Culto ao Pênis/ Falo na Antiguidade
O culto ao falo não é em específico um culto ao patriarcado podendo gerar diversas visões conforme a cultura local, o falo além do símbolo do homem é também o representante do desejo sexual tal como simboliza a prosperidade, fertilidade e proteção.
No Mundo Grego
As primeiras "imagens" do deus Hermes consistiam em montões de pedras, chamados herms, completados por uma pedra maior, que serviam como montes, mais adiante, o herm foi se transformando em um bloco quadrado, com um falo e dois testículos talhados frontalmente.
Entre as suas imagens de culto as mais comuns eram as hermas, colocadas em todas as estradas para delimitar fronteiras ou assinalar distâncias, nas entradas das casas, nas divisões de bairros e nas praças do mercado. As hermas eram pilares quadrangulares com apenas a cabeça do deus esculpida no topo; muitas vezes aparecia também um falo, reforçando sua associação com a fertilidade e seu poder contra o mau-olhado e os espíritos malignos, uma vez que o símbolo da virilidade era também considerado protetor, estando ligado à força guerreira. Heródoto afirmou que as hermas itifálicas eram tão antigas quanto os pelasgos, o povo pré-helênico que ensinara os atenienses a esculpi-las. Pausânias disse que em Eléia a principal imagem de culto de Hermes era um pênis ereto, sobre um pedestal. As hermas também eram comuns nos ginásios, nos estádios e nos hipódromos gregos, além de serem instaladas no Circo Máximo romano. Sua sacralidade era protegida em mistérios que se tornaram parte dos Mistérios da Samotrácia. Era também um dos deuses patronos dos Mistérios de Elêusis, pois era o deus que escoltava Perséfone para o submundo, e a cada primavera a trazia para a superfície.
Devido, possivelmente por que os mastros e montes se encontrassem nas margens das fronteiras, muitos deuses fálicos se transformaram em espíritos guardiões. Todavia existem milhares destas figuras talhadas nas pedras, geralmente colocadas nos campos onde asseguram a fertilidade da colheita e atuam como divindades guardiãs que protegem os campos dos intrusos e dos maus espíritos.
No Mundo Grego
As primeiras "imagens" do deus Hermes consistiam em montões de pedras, chamados herms, completados por uma pedra maior, que serviam como montes, mais adiante, o herm foi se transformando em um bloco quadrado, com um falo e dois testículos talhados frontalmente.
Entre as suas imagens de culto as mais comuns eram as hermas, colocadas em todas as estradas para delimitar fronteiras ou assinalar distâncias, nas entradas das casas, nas divisões de bairros e nas praças do mercado. As hermas eram pilares quadrangulares com apenas a cabeça do deus esculpida no topo; muitas vezes aparecia também um falo, reforçando sua associação com a fertilidade e seu poder contra o mau-olhado e os espíritos malignos, uma vez que o símbolo da virilidade era também considerado protetor, estando ligado à força guerreira. Heródoto afirmou que as hermas itifálicas eram tão antigas quanto os pelasgos, o povo pré-helênico que ensinara os atenienses a esculpi-las. Pausânias disse que em Eléia a principal imagem de culto de Hermes era um pênis ereto, sobre um pedestal. As hermas também eram comuns nos ginásios, nos estádios e nos hipódromos gregos, além de serem instaladas no Circo Máximo romano. Sua sacralidade era protegida em mistérios que se tornaram parte dos Mistérios da Samotrácia. Era também um dos deuses patronos dos Mistérios de Elêusis, pois era o deus que escoltava Perséfone para o submundo, e a cada primavera a trazia para a superfície.
Devido, possivelmente por que os mastros e montes se encontrassem nas margens das fronteiras, muitos deuses fálicos se transformaram em espíritos guardiões. Todavia existem milhares destas figuras talhadas nas pedras, geralmente colocadas nos campos onde asseguram a fertilidade da colheita e atuam como divindades guardiãs que protegem os campos dos intrusos e dos maus espíritos.
A Religiosidade e o Falo
Todas as religiões têm conservado ao menos alguma reminiscência dos cultos fálicos. Os conquistadores e missionários, nas Américas, Ásia e Oceania, substituíram os antigos deuses locais por figuras equivalentes de seus panteões, porém muitos deuses originais sobreviveram a essa usurpação.
Há elementos fálicos nas tradições populares referentes a árvores sagradas, e muitas homenagens sobretudo na Grã Bretanha e Paises do continente Europeu. Em uma carta datada de 30 de Dezembro de 1781 Sir William Hamilton, K.B., ministro de sua majestade na Corte de Nápoles a Sir Joseph Banks, Bart., presidente da Royal Society, fala sobre similitudes entre o Catolicismo e as religiões Pagãs:
A carta fala da devoção popular a Priapus, "divindade obscena" dos antigos. As provas seriam evidentes e disponíveis a qualquer um que visitasse o British Museum.
Segundo Sir Hamilton:
"Mulheres e crianças, em Nápoles e vizinhanças, frequentemente usam nas roupas um tipo de amuleto, que elas imaginam ser protetor contra o mau olhado e encantamentos.
Esses amuletos que têm evidente relação com o Culto de Príapus são normalmente feitos em prata, mas também de marfim, coral, âmbar, cristal e outras gemas...
Na cidade de Isernia, uma das mais antigas do Reino de Nápoles, uma festa celebra, desde 1780, o moderno Príapus, São Cosmo. Sir William chama a atenção para a "indecência da cerimônia!"
No percurso da romaria, falos símiles de cera - os votos, representando as partes masculinas e de vários tamanhos, são publicamente colocados à venda.
No cristianismo, o culto fálico sobreviveu com as figuras dos santos priápicos, quase sempre inventados. Por exemplo, São Guignole, primeiro abade de Landevenec (França), se converteu numa figura fálica por confusão de seu nome com o verbo gignere, gerar. Sua capela se manteve até 1740. As estátuas destes santos apresentavam membros exagerados, que as vezes se ungiam e veneravam separadamente e também eram utilizados para fecundar mulheres que desejavam engravidar.
Há elementos fálicos nas tradições populares referentes a árvores sagradas, e muitas homenagens sobretudo na Grã Bretanha e Paises do continente Europeu. Em uma carta datada de 30 de Dezembro de 1781 Sir William Hamilton, K.B., ministro de sua majestade na Corte de Nápoles a Sir Joseph Banks, Bart., presidente da Royal Society, fala sobre similitudes entre o Catolicismo e as religiões Pagãs:
A carta fala da devoção popular a Priapus, "divindade obscena" dos antigos. As provas seriam evidentes e disponíveis a qualquer um que visitasse o British Museum.
Segundo Sir Hamilton:
"Mulheres e crianças, em Nápoles e vizinhanças, frequentemente usam nas roupas um tipo de amuleto, que elas imaginam ser protetor contra o mau olhado e encantamentos.
Esses amuletos que têm evidente relação com o Culto de Príapus são normalmente feitos em prata, mas também de marfim, coral, âmbar, cristal e outras gemas...
Na cidade de Isernia, uma das mais antigas do Reino de Nápoles, uma festa celebra, desde 1780, o moderno Príapus, São Cosmo. Sir William chama a atenção para a "indecência da cerimônia!"
No percurso da romaria, falos símiles de cera - os votos, representando as partes masculinas e de vários tamanhos, são publicamente colocados à venda.
No cristianismo, o culto fálico sobreviveu com as figuras dos santos priápicos, quase sempre inventados. Por exemplo, São Guignole, primeiro abade de Landevenec (França), se converteu numa figura fálica por confusão de seu nome com o verbo gignere, gerar. Sua capela se manteve até 1740. As estátuas destes santos apresentavam membros exagerados, que as vezes se ungiam e veneravam separadamente e também eram utilizados para fecundar mulheres que desejavam engravidar.
O Culto a Priapo
O culto a Priapo, deus da fertilidade, surgiu por volta do século IV a.C., de onde se difundiu pelo mundo grego e, mais tarde, pelo romano. Ele era representado normalmente com o pênis ereto e enorme, o que lhe conferia um caráter risível.
Deus fálico, ele não tinha a mesma beleza e imponência dos olímpicos, mas ganhou popularidade, pois o consideravam protetor da fecundidade vegetal e animal. Sua imagem (como homem ou somente o falo) era colocada em jardins, dessa maneira, acreditava-se que Priapo seria capaz de afastar malefícios e maus-olhados que pudessem prejudicar a virilidade dos homens e a fertilidade do solo. Para os invasores e ladrões restava o castigo: supersticiosamente, acreditava-se que Priapo puniria com a ausência daquilo que ele representava - fertilidade e potência sexual.
"Para os antigos o desenho do falo servia como amuleto e era colocado em toda parte", disse João Angelo Oliva Neto, professor de Língua e Literatura Latina da Universidade de São Paulo (USP). Tradutor de poesia grega e romana, ele traduziu poemas anônimos sobre Priapo (priapeias) que resultou no livro Falo no Jardim: Priapeia Grega, Priapeia Latina (Ateliê Editorial/Editora da Unicamp).
Segundo João Angelo, diferente dos cristãos e judeus, os gregos e romanos aceitavam um deus engraçado. Assim os poetas se apropriaram do caráter risível de Priapo e fizeram dele um personagem. Esses poemas, portanto, personificam a própria natureza do deus? Zombeteiro e obsceno.
O Culto ao Falo na Tradição Saxônica
Uma grande referência é o Mastro de Maypole, May Pole vem do Inglês e quer dizer Mastro de Maio.
O May pole é um tronco que é utilizado como uma festividade popular no qual se prendem fitas coloridas e simbólicas da celebração e realizam danças em torno do mesmo (geralmente mulheres num sentido e homens no oposto), trançando assim as fitas nele. O mastro torna-se um símbolo masculino (o falo) enquanto a terra é aquela que deve ser fecundada. Durante a dança além da simbologia da mesma os seus praticantes costumam realizar os seus pedidos.
O Culto ao Falo na Tradição Celta
A maior expressão da sexualidade encontramos na festividade de Beltane, é a comemoração dos dias quentes que chegarão, com isso teremos a demonstração do apice da vida, da sexualidade, da prosperidade.
Mas não falaremos apenas do Deus Brilhante (Belenos), mas de Dagda, um deus que possuia um tacape e um caldeirão, alguns estudiosos fazem a ligação com o próprio rito sexual, onde o tacape seria o falo, o mesmo tinha poderes de dar a vida ou a morte e o caldeirão como simbolo de prover a fartura, alimentando os nobres e honrados.
Estes são breves relatos, pois teremos um universo de cultos que dariam um livro e um campo muito amplo de pesquisa, tanto nos campos da mitologia, teologia, costumes populares quanto na arte. Sabendo do passado podemos revelar os costumes do presente e notar que um simples gesto com o dedo, pode também quando observado pelo entendimento do passado um ato não apenas de contradição, mas um ato de proteção! Para os que nos perseguem com seus atos de malevolência um simbolismo ancestral!
Cordialmente,
CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL NO BRASIL
http://www.bruxariatradicional.com.br
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