sábado, 29 de outubro de 2011

Poder do Afeto...


 


A falta de tato para resolver conflitos e tratar de assuntos com pessoas que têm idéias opostas, tem sido responsável por muitos desentendimentos e dissabores nos relacionamentos.


Por vezes, um problema que poderia ser facilmente resolvido, cria sérios rompimentos por causa da falta de jeito dos antagonistas.


O afeto, usado com sabedoria é uma ferramenta poderosa, mas pouco usada pela maioria dos indivíduos.


O mais comum tem sido a violência, a agressividade, a intolerância.


Existem pessoas que não gostam de mostrar sua intimidade e se escondem sob um véu de sisudez, com ares de poucos amigos, na tentativa de evitar aproximações que deixem expostas suas fragilidades.


São como os caramujos, os tatus, as tartarugas e outros semelhantes.


Ao se sentirem ameaçados, escondem-se em suas carapaças naturais, e não deixam à mostra nenhuma de suas partes vulneráveis.


A propósito, você já tentou alguma vez retirar, à força, de seu esconderijo, um desses animaizinhos?


Seria uma tentativa fracassada, a menos que você não se importe em dilacerar o corpo do seu oponente.


No caso da tartaruga, por exemplo, quanto mais você tentar, com violência, retirá-la do casco, mais ela irá se encolher para sobreviver.


Mas, se você a colocar num lugar aconchegante, caloroso, que inspire confiança, ela sairá naturalmente.


Assim também acontece com os seres humanos. Se em vez da força se usar o afeto, o aconchego, a ternura, a pessoa naturalmente de desarma e se deixa envolver.


Às vezes a pessoa chega prevenida contra tudo e contra todos e se desarma ao simples contato com um sorriso franco ou um abraço afetuoso.


Mas, se ao invés disso encontra pessoas também predispostas à agressão, ao conflito, as coisas ficam ainda piores.


Como a convivência com outros indivíduos é uma realidade da qual não podemos fugir, precisamos aprender a lidar uns com os outros com sabedoria e sem desgastes.


A força nunca foi e nunca será a melhor alternativa, além de causar sérios prejuízos à vida de relação.


Portanto, criar relacionamentos harmônicos é uma arte que precisa ser cultivada e levada a sério.


Mas para isso é preciso que pelo menos uma das partes o queira e o faça.


E se uma das partes quiser, por mais que a outra esteja revestida de uma proteção semelhante à de um porco-espinho, ninguém sairá ferido e o relacionamento terá êxito.


Basta lembrar dessa regra bem simples, mas eficaz: em vez da força, o afeto. E tudo se resolve sem desgastes.



De tudo o que fazemos na vida ficam apenas algumas lições:


A certeza de que estamos todos em processo de aprendizagem...


A convicção de que precisamos uns dos outros...


A certeza de que não podemos deter o passo...


A confiança no poder de renovação do ser humano.


Portanto, devemos aproveitar as adversidades para cultivar virtudes.


Fazer dos tropeços um passo de dança.


Do medo um desafio.


Dos opositores, amigos.


E retirar, de todas as circunstâncias, lições para ser feliz.
 

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