terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: Festival de Lughnasadh



                                                Festival de Lughnasadh


Irlandês antigo: Lugnasad
Irlandês: Lúnasa
Gaélico escocês: Lùnastal
Manx: Luanistyn

Lughnasadh é celebrado no dia 1° de fevereiro no Hemisfério Sul e 1° de agosto no Hemisfério Norte. "Lá Lúnasa" é um dos quatro Festivais Celtas mais cultuados e, uma celebração agrícola de agradecimento, onde se comemora o festival de colheita e  a honra a memória de Tailtiu, mãe adotiva de Lugo, o Deus das muitas habilidades.

Lughnasadh é uma época ideal para agradecermos às nossas colheitas, sejam elas colheitas rurais ou de atos pessoais. Lughnasadh marca o tempo da colheita, onde oferendas são feitas com diversos objetivos, tal como proteção, cura, prosperidade e até uma época para escolha de maridos.

Lughnasadh literalmente significa "Jogos de Lugh", isso se deve ao antigo costume celta de promover encontros tribais, feiras e competições esportivas, denominado "Oenach", quando os clãs se reuniam em paz, para honrar a soberania da terra e resolver questões jurídicas. 


O festival sobreviveu como o Fair Taillten , e foi revivido por um período no século XX, como os Jogos Telltown. Em Teltown, às margens do rio Boyne (derivação da Deusa Boann), é tradicionalmente celebrado com jogos competitivos entre homens e meninos. Os vencedores são declarados campeões e responsáveis pela defesa da aldeia. 

Neste ritual as primeiras oferendas são dedicadas a terra junto com pedidos e  agradecimentos.



Cordialmente,

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

RITUAL E MITOLOGIA - O Ciclo de Lugo



O objetivo do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil é gerar conhecimento aos  seus leitores dentro do Caminho Sábio promovendo o entendimento de identidade cultural e preservação da religiosidade na Bruxaria, levando a todos a visão mágia, tradicionalista e ancestral. 


Já com a vinda do Ritual de Lughnasadh, para quem presta culto ao ciclo da natureza do Hemisfério Sul, que acontecerá nos primeiros dias de fevereiro conforme direcionamento ao Povo Celta, promoveremos um agregado de contos sobre o Deus Lugh (Lugo para os celtas continentais).

Agradecemos as contribuições de estudiosos na área folclorista e assim preservar a identidade cultural e mágica da Era Antiga.

 

I - O NASCIMENTO DE LUGO NO FOLCLORE



Entre os textos antigos da mitológia que são responsáveis pelo nosso conhecimento sobre a figura brilhante de Lúg Lámfada, a Segunda Batalha de Mag Tuired é sem dúvida a mais competente e detalhada fonte de estudos.
Ainda, sobre as origens de Lugo, ainda que um texto cheio de preciosismos apenas fornece algumas informações gerais: nos informa, por exemplo que Lugo foi o filho de Cian dos Tuatha Dé Danann e de Ethne filha do fomóire Balor, e acrescenta que ele tinha sido adotado e ensinado nas artes mágicas por Tailtiu esposa do Garb Eochaid. Esta genealogia é confirmada a partir do Livro das Invasões da Irlanda. Outro relato encontraremos na narrativa da vingança de Lugh contra os filhos de Tuirenn (Brian, Iuchar e Iucharba) os assassinos de Cian.

Os detalhes de sua concepção sugere que Lugh nasceu sob um casamento político estabelecido quando o Tuatha De Danann firmaram uma aliança com os Fomóire. 



Gnisit iarum Tuatha De caratrad Fomorib embreagem, ocus Debert Balar ua neito para Ingino. I. Ethne, de Dien Cecht Cen mac. Gônadas da ruc lado um mbuadha Gein. I. LUCC.Em seguida, o Tuatha Dé formou uma aliança com os Fomóire , e Balor neto de Net deu a sua filha Ethne a Cian filho de Dian Cecht . E ela deu à luz o filho glorioso, Lug .
Batalha (segundo) da Mag Tuired


No entanto, em um grande número de contos populares, coletados em diferentes áreas, em momentos diferentes e por diferentes pessoas, sobreviveu a uma quantidade considerável de material mitológico que escapou às fontes antigas, essas fontes formaram muitos contos de fada sobre o nascimento de Lugh. Diferentes versões desta história, foram transcritos através dos mitos camponeses irlandeses durante o século XIX. Algumas dessas versões são dadas por William Larminie e Curtin Jeremias em suas coleções de carater fictício (Larminie 1893 | Curtin 1894) .

Esses contos, mesmo que não combinem bem com as fontes antigas, nos dão um parecer sobre a visão mitológica dos personagens e suas correspondências na sociedade antiga. Figuras míticas como Goibniu, Lugh, Manannan e Oengus Oc,  estam vivas na herança folclórica irlandesa. Poderíamos perguntar, no entanto, quão confiável este material para a reconstrução dos mitos irlandeses? Esta é a grande dificuldade da questão, separar o mito da histórica, seria também necessário rever os textos da era medieval redigidos pelos monges copistas irlandeses retirando suas distorções para com o catolicismo. Certamente, reunindo os textos populares medievais e matérias acadêmicas, com muito estudo e dedicação poderemos com sensibilidade entender de maneira mais ampla os mitos antigos celtas.
Cordialmente 
Conselho de Bruxaria Tradicional 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Palavras que me tocaram...

"...Ser um bruxo seria apenas ter um altar, ser ecologista, fazer feitiços, frequentar rituais, gostar de artesanato místico e se vestir de roupas extravagantes? Não... isso não lhe faz um bruxo, um bruxo em nossa tradição pelo menos, é saber primeiramente que existem desafios e um caminho sábio a seguir, que ele muitas vezes terá que ir contra a maré, que ele deverá muitas vezes fazer suas peregrinações internas e externas, que ele necessita de seu espaço e de seu tempo.

Ser um bruxo não é ir a rituais, mas ele vai a rituais pois ele necessita de estar na natureza e conviver com pessoas e seres próximos de suas crenças, é como largar o personagem do dia a dia para sermos nós mesmos, é o momento da troca de pele, é o momento de sentir que pode largar tudo e se aventurar a dançar na chuva e abraçar uma arvore sem medo de parecer ridículo a sociedade.

Muitos procuram a Bruxaria pela liberdade, mas elas estão dispostas a serem livres? Criamos tantas armadilhas pessoais, tantas desculpas para não fazer enquanto precisaríamos apenas um simples ato para fazer, e como escutar aquela frase "Eu so queria ser feliz!" e por que não é? Qual o motivo de "queria", diga eu quero e vou fazer de tudo para ser feliz, para ser liberto, para romper meus limites.

Ah mais eu não tenho tempo! Desculpa... todos nós temos tempo, apenas não os gerenciamos como deveríamos, ah mas eu não tenho dinheiro... trabalhe, faça freelance, crie mecanismos, se desenvolva... Ah é que o local é muito longe! O seu poder pessoal é medido em KM??? Ah mais tenho vergonha e não sei me virar sozinho! Cresça e aprenda que vc nasceu só e morrerá sozinho. 

A vida é feita de escolhas, você se escolhe, você é responsável pelo seu caminho, admita a sua responsabilidade e comprometimento pessoal...."

(DRaco)

Sempre me perguntam pq estou nesse caminho... e essas palavras descrevem bem o que sempre senti e nunca soube verbalizar... muitos me perguntam o que tanto aprendo lá que não pode ser aprendido em  outros lugares... e eu diria que é bem isso.. a testar minhas próprias vontades e limitações... na verdade, elas não existem!!! É td tão simples que se torna difícil de explicar a quem nem tenta sentir o sabor da verdadeira liberdade, que é fugir dos seus próprios pré conceitos.... e daqueles impostos pela nossa sociedade.. eu estou disposta a mudar e fazer td que não me achava capaz... transcender  com ou sem medo, mas nunca desistir de ir... pois não há sensação melhor nesse mundo, do que aquela que sentimos ao nos ver superando um desafio dado como impossível... 
Eu mudei, e tenho muito a mudar ainda... pois estou aprendendo antes de mais nada o que é o verdadeiro conceito de VIVER.

A pedida pra 2012???

 Cuidar mais de mim, me amar mais... e matar td que me incomoda em mim... essa é minha meta pra 2012... ser feliz comigo mesma, aceitar o que sou e o que eu não aceitar, deixar de ser... 
Jjá comecei... e vcs... ??? que tal tb se perguntar o que poderia fazer esse ano pra ser verdadeiramente livre e feliz???


Jejum ritualístico - Desafiando o poder pessoal

A técnica de jejuar é um antigo mecanismo utilizado em "ritos de passagem", no qual o peregrino é enviado a um Local Sagrado para fazer suas preces, jejuar e pedir uma visão de poder durante alguns dias, de maneira mais próxima à natureza, por vezes vedado e dormindo ao lado da fogueira e às vezes sem o consumo d´agua. O foco dessa prática é testar o seu poder pessoal. No processo homem natureza é exercitado o domínio sobre sentimentos e necessidades, abandonando os contextos urbanos e esperando por uma visão ao qual responda suas questões mágicas mais profundas.

O jejuar é uma peregrinação que favorece sua conexão com a essência, o seu eu interior e faz parte das diversas práticas de êxtase. Além de uma caminhada solitária e de restrito acesso a um local de grande poder, utilizando as práticas mágicas tradicionais, onde é colocado a prova a capacidade de sobrevivência e de força espiritual.



Troscad


Um método para exercer a autoridade, disponível a todos os membros da sociedade céltica, era o jejum ritual - o "toscad". Como forma legal de reparar uma injustiça, esse ato emergia do sistema legal dos Brehons. Que era um ritual antigo pode ser demonstrado pelo fato de apresentar uma analogia quase completa com o antigo costume hindu do "dbarna". Esse costume é encontrado não apenas nas Leis de Manu, mas como "prayopavesana" (espera pela morte) aparece nas antigas fontes védicas. O Dr. Joyce via o "toscad" como idêntico ao costume oriental e, sem dúvida, acreditava-se nos tempos pagãos que gerava os mesmos efeitos sobrenaturais, ou seja, que, se aquele contra quem se jejuasse ignorasse a pessoa em jejum, então sofreria temíveis penalidades sobrenaturais. O "toscad" era o meio para forçar a justiça e estabelecer os direitos de alguém. Segundo a lei, a pessoa que desejava forçar a justiça tinha de notificar a pessoa contra quem estava reclamando e então sentar-se a sua porta e permanecer sem comida até que o transgressor aceitasse a administração ou arbitragem da justiça. "Aquele que despreza o jejuador não deve ser considerado nem por Deus, nem por homem... Ele abandona seus direitos legais a qualquer coisa, de acordo com a decisão do Brehon." O "toscad" é mencionado nas sagas irlandesas, bem como nas leis e, quando o Cristianismo substituiu a religião pagã, o "toscad" continuou. Encontramos São Calmin jejuando contra Guaire, o Hospitaleiro, São Ronan jejuando contra Diarmuid, até mesmo Patrício jejuando contra os próprios santos para obrigá-los a fazerem justiça e as esposas também jejuavam contra seus maridos transgressores. É fascinante e também triste que, nos longos séculos da triste relação da Inglaterra com a Irlanda, os irlandeses tenham continuado a tradição do "toscad", que se tornou uma greve de fome política. Uma das mais notáveis greve de fome políticas da Irlanda foi a do Lorde Prefeito de Cork, Terence MacSwiney, também um membro eleito do Parlamento, preso pela administração inglesa na Prefeitura de Cork e violentamente removido da Irlanda para a Prisão Brixton, em Londres. Ele morreu em Brixton, em 24 de outubro de 1920, no septuagésimo quarto dia de sua greve de fome. Claro que ele não foi o primeiro prisioneiro político irlandês a morrer pela greve de fome nesse período. Thomas Ashe morreu como resultado de uma alimentação forçada em 25 de setembro de 1917. Diz-se que o sacrifício de MacSwiney inspirou Mahatma Gandhi a reviver o costume do "dbarna" na Índia, como uma arma política moral. Em época recente, e talvez melhor conhecida, ocorreram as greves de fome no campo prisional Long Kesh, na Irlanda do Norte, quando, em 1981, dez prisioneiros políticos irlandeses morreram numa greve de fome ao tentarem forçar a administração a restaurar seus direitos como prisioneiros políticos, tomados deles em 1974. Entre eles estava Bobby Sands, membro eleito do Parlamento Britânico, e Kieran Doherty, membro eleito do Parlamento Irlandês. Porém, esses dez prisioneiros irlandeses não foram os primeiros a valer-se da tradição duradoura do toscad numa tentativa de assegurar seus direitos durante a luta em curso na Irlanda do Norte, nem os primeiros a morrer numa greve de fome. Frank Stagg, por exemplo, morreu depois de uma greve de fome de sessenta dias na Prisão de Wakefield, em 12 de fevereiro de 1976, tentando forçar o restabelecimento da sua condição especial, retirado em 1974. O "toscad" nunca era assumido levianamente, mas sempre com total compreensão da seriedade do seu intento final. Nos tempos antigos, o "toscad" era um meio eficiente para que alguém de posição social mais baixa forçasse a justiça em relação a outra pessoa de posição social superior. Assim, druidas podiam jejuar contra um rei ou mesmo um homem ou mulher de extração mais baixa.


CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL http://www.bruxariatradicional.hd1.com.br

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Pura realidade...


O Sapo e o Escorpião

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?" 
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralizado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. 
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê? Não percebe que ambos vamos morrer?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."






Sempre espere de td das pessoas... elas são o que são, apesar de amá-las ou não...