terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Em busca de mim mesma...






Às vezes nossa própria mente, corpo e alma nos testam... nos forçam a perceber o quanto fortes somos pra resistir às armadilhas que nos impomos.
É nessas horas que temos que vencer nossos próprios demônios e incertezas.. é nessas horas que descobrimos como podemos mover mundos com a força de um simples desejo e pensamento.
Com pequenos gestos e firmamento nos transportamos para o paraíso, fazemos de nosso momento o lar agraciado, a dança perfeita em ritmos e cores, ondas de energia que nos jogam ao ar e nos fazem voar por montanhas como pássaros. Nadar e se aprofundar em águas claras e límpidas... fazer com  que o limite dos sentidos se rompa a ponto de correr solto, sem medo de cair... ou de onde vamos chegar... ouvir o vento, criar asas e escutar o canto do universo a sussurrar em nossos ouvidos segredos de outras épocas... uma época em que nada disso era preciso, era apenas vivenciado... curtido... simples!!
Hj trago comigo a energia das ondas... ondas de pura energia e fé que me contagiam... banhada estou pela vida, minha vida, minha essência que corre solta e bravamente entre folhas que saltam com o toque de meus pés... Que urra destemida, querendo avançar mais e mais...
Lindo encontro esse com o meu eu... novo contato é estabelecido... mais uma vez pude olhar-me de dentro pra fora e me tornar uno com o universo, traçando todas a linhas atemporais fazendo-me gigante perante tanta pequenez desse mundo criado por nossos medos... pelo ego e pela descrença na felicidade, a real felicidade e não essa gananciosa que vemos por ai... hoje venci um pouco desse mundo forrado de gente doente... doente de alma... que ficou adormecida pelo peso e brasas de uma culpa que não existe. Nós criamos!
Conversando com um grande mestre aquém recorri ao sentir-me descompassada, pude ouvir sábios conselhos sobre a visão distorcida que insistimos em ter de certas coisas e me recordei de que tudo é questão de foco e determinação... que o mundo pode estar doente, mas não preciso ser parte disso, e muito menos ausentar-me da cura... não devo assistir friamente enquanto tento escapar para um mundo diferente... a partilha é feita todo dia e precisamos entender que o doar é necessário, o medo complica, não simplifica... muito se engana aquele que acha que nada pode fazer por aquele que está cego...por aquele que insiste em manter-se cheio de nada.
Há plenitude em cada toque, cada sorriso, cada frase solta sem pré conceito...
A noite lembrou-me de que td que preciso está aqui dentro comigo... e que a salvação está em se abrir e não em se fechar... fazendo a cada dia minha parte... trazendo o meu mundo perfeito para o mundo doente... a transformação começa aqui, a prisão é pura ilusão...
Podemos sim sair quando quisermos para respirar... ou podemos assumir um compromisso em tornar o ar daqui melhor apreciável... depende de cada um transmutar o que realmente precisa ser mutável e melhorado. Começo a entender o meu papel nessa história... começo a entender pq nossa visão desse mundo muda ao contato com as “mestras”... esse é o mundo que existe, o que precisamos de fato mudar é a forma que o encaramos e os enxergamos... td está aqui o tempo todo... o lar pode ser em qualquer lugar que estejamos... desde que saibamos o enxergar com o coração puro e a alma leve.
                                                                                                                                            JanS

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Reflexão! Nossa verdadeira Essência...




Existem teorias que o nosso corpo aqui é apenas uma casca de nossa verdadeira essência. Somos avatares do nosso EU SOU?!? 
Quando dormimos acessamos um outro mundo!

Lá estamos acordamos para outra realidade.

Muitas vezes não sabemos se o mundo real é lá ou aqui. Por não estarmos cientes da outra realidade e do que fazemos em cada uma.
Somos aprendizes. Para evoluirmos vivemos várias realidades.

O que está fazendo nesta realidade aqui?
Em que realidade estamos realmente lúcidos? 

A batalha não é só para salvar um planeta mas para salvar a própria essência humana.

Somos guerreiros de nós mesmos!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Relato Lughnasadh 2012




Lughnasadh chegou bem de mansinho pra minha surpresa... pensei em escrever algo mais sucinto e resumido do que foi pra mim esse rito, mas ao começar a escrever meu relato entre cachimbadas... intui, que devia ser mais eu nisso... e fazer o que gosto...detalhar, ou melhor...derramar...rs

Então, mais uma vez, senta que lá vem história....

Lembro de pensar com estranheza várias vezes, ao cuidar da alimentação e dos banhos energéticos em “como tudo está simples e bem resolvido”.
No inicio me incomodou pensar que não estava naquela euforia desmedida de arrumar tudo e ansiedade pro dia chegar logo. Somente lá no sítio, fui capaz de refletir e perceber que o alarde não é mais necessário. Isso já virou uma “rotina” em minha vida...uma rotina boa... como se td fosse tão natural, que o corpo não  refletia inquietação por algo tão conhecido... Eu estava  “em casa”. Sabia o que tinha que fazer, o que tinha que levar... e aos poucos entendi que a falta daquela aceleração que antecedia os rituais, não eram mais necessária. Eu amadureci isso em mim, e trago td comigo dia após dia... por isso td soou tão natural e “normal”.

Duas semanas antes, já sentia  os trabalhos astrais, a presença dos mestres, lembranças de caminhos e lugares em que fomos todos juntos fraternalmente guiados pelo gato preto e o senhor de túnica negra que andava ao seu lado, lembro vagamente de  cenas que ainda me emocionam e tiram o fôlego. Um episódio que lembro bem e acho engraçado até, foi uma em que todos estavam em um lugar cheio de rochedos... bem diferente do que costumo ver em trabalhos astrais com a clan... e fomos em direção a uma antiga estrada de trilhos de ferro... no meio do nada... como uma cidade fantasma... lembro de olhos inquietos querendo saber o que estávamos fazendo ali... e qdo chegamos... o gato preto deu um sorriso e disse... Relaxa gente, vamos nos divertir... o importante é que entendam que pra atravessar “as linhas” temos que nos arriscar e ter coragem, mas sem perdem a diversão e o sorriso no rosto... aquilo me tocou muito... e desde então levo essa frase pra td!
Arrumei as malas uma noite antes, como disse sabia exatamente o que levar, me sentia pronta... senti vontade de meditar....fiz a meditação da árvore sagrada que compartilharia lá no rito com o pessoal... que prazeroso e revigorante...senti muitos espíritos de luz próximos... compartilhando minha emoção... Saudei-os e os vi por um tempo andar pra lá e pra cá... não sentia sono, então fui ouvir musica e fazer um novo “patuá” de proteção... gostei de mexer com artesanatos nessa noite... bordar... e finalmente senti a bela presença do Deus que honramos nesse festival. Então intui que estava na hora de deitar e adormeci...

Acordei sozinha, bem cedo... antes mesmo do celular despertar... abri a janela e contemplei o silencio... um pouco depois, uma lontrinha me liga e comecei a me arrumar e dei inicio ao percurso, ao início de mais uma peregrinação...
Nos reunimos no metro... os novos foram me achando... e foram demonstrando a ansiedade em cada gesto... lembrei de anos atrás quando eu mesma cheguei ali pela primeira vez. Me senti feliz por fazer parte de tudo isso. De ter me encontrado e encontrado a serenidade que pra mim esse caminho representa... estava indo de encontro à minha paz.
Contratempos aconteceram... a van quebrou, ficamos ali sem saber ao certo como tudo aquilo se resolveria... lembrei do “sonho” com o gato... “não esqueça de se divertir”.. e relaxei... só de estar ali com aquelas pessoas, longe de um mundo sufocante já me era uma grande realização... achei melhor avisar ao pessoal no sitio que nos atrasaríamos... liguei para a Gata amarela e me senti mais confortável ao saber que sabiam de nossa condição.

Chegamos ao nosso refúgio sagrado... que alegria pisar naquelas terras... é como ser transportada para bem longe... é como tirar todo peso e deixar lá fora... lá encontramos alguns sentados na cozinha degustando já da culinária tradicional de nossos antepassados... fui imediatamente me organizar pra participar das atividades... eu queria tudo... sempre quero... RS
Fui na cozinha ver no que podia ajudar para o preparo do nosso almoço... lá, td já estava em ordem e encaminhado pela Bezouro... me dividi em auxiliá-la e tirar as fotos que fui incumbida de cuidar. Passeei pelo salão onde ocorriam as palestras... passeei pelo sitio, dando um abraço saudoso em cada espaço... ao lago... às árvores, céu e vento... ao longe vi a Lontra já imerso em seus afazeres com a lenha...e vi como td se encaixava bem... lembrei da grande teia a que estávamos conectados ali...

Pelo fim da tarde, as atividades deram uma parada... o almoço fora degustado com tamanha alegria e devoção. Cada um foi cuidar de suas atividades, lembro que continuei a sapear por toda parte... encontrei o frater Lobo na beira da piscina ao  observar os novos que se reuniram lá.. falamos com eles um pouco sobre assuntos que envolvia a Clan... apos isso, encontrei o gato preto e a coruja já cuidando do feitio do chá   e me senti feliz em estar ali prestigiando. Fiquei a conversar com a sábia coruja enquanto o chá fervia... e ao perceber que o chá me tocava a alma... fui em busca do que ela me apresentava... liberdade... sai para caminhar mais um pouco... e encontrei o Corvo se preparando para conversar com um dos  "mestres"... me acheguei, senti o chamado e o abracei... que experiência surpreendente! Nunca senti tanta paz, tanta leveza e apreciação do universo em um trabalho com ele. É algo que até prefiro não comentar, pois me levou pra longe, onde nem a fala era necessária... onde fiquei distante fechada em meu mundo por um bom tempo... apenas contemplando e aprendendo. Quando dei por mim, já estava escurecendo, e a Lontra veio deitar ao meu lado, tivemos uma conversa que me aterrou um pouco, mas não mudou a emoção e alegria que estava sentindo...

Fui me arrumar para o ritual da fogueira que iria começar... Como sempre, essa é a parte que mais gosto... a comunhão com o fogo sempre tão sagrada e íntima. Despertando sentidos quase que primitivos e fluídicos.
Compartilhei a magia e alegria das meninas sendo iniciadas... era visível a mudança em seus seres e semblantes.
O gato preto nos levou para um contato maior com os animais guardiões... ali pude entender algumas das minhas atitudes ao observar e sentir o urso... e vi que não adianta negar certas coisas, já que são parte de mim... parte do que sou, e o aprendizado não está em se moldar pra não ser... e sim saber o ser da melhor forma possível... me perdoei ali de coisas que nem ao menos sabia que me incomodava.
A festa começou, a tradição transbordava na noite fresca e clara, com a lua que reinava no céu tornando o quadro mais agradável e perfeito. Muitas risadas, muita dança de roda... sorrisos entre máscaras e músicas... comilança e fartura! Trazendo o conceito prático daquela celebração.
A fogueira me chamou, e fui sentar-me perto dela... algumas pessoas já estavam em volta... vários grupinhos de conversa... o gato preto serviu-nos do vinho sagrado e senti que era hora de me aquietar... deitei ao lado do fogo e comecei a olhar para o céu... um torpor enorme tomou meu corpo, mas não era sono nem cansaço... aos poucos me vi em outros lugares, mas sem me desgrudar dali... ouvia td que diziam, algumas coisas me chamavam atenção, mas logo eu bloqueava e voltava para o trabalho. Rico! É o que posso dizer sobre ele... mais uma vez fui pra dentro do fogo dançar com as chamas e brasas... foi lindo... sensação única. Foi quando um estalar de lenha me indicou uma lontrinha encolhida no chão de pedra gelado e fui acomoda-la no meu colchão... cobri direitinho e lembrei de como é bom e importante pra mim, cuidar dos que amamos.
Passei a noite ali, ao lado do fogo e dos irmãos velando a noite interminável. Cada vez que abria os olhos, um cenário diferente... o céu estava diferente... ora enluarado, ora estrelado, ora negro e encoberto... a temperatura também ia mudando... como se vivêssemos muitas noites naquela mesma noite.

Acordei com o sol a tocar meus cabelos. As vozes de uns no salão me servirão de guia pra saber onde estava... da fogueira amiga apenas fumaça restara... levantei-me e sequei o sereno que ficara na pele... sentei com alguns no salão e observei os murmúrios sobre a noite passada... nem acreditara como tantas versões diferentes ocorreram numa mesma noite... em um mesmo lugar... depois sentei ao lado da Cobra e sapinha no sol e pus-me a pensar, no pq dessas nuances...
Logo mais fomos tomar café, seguido de uma longa conversa encabeçada pelo mestre... comovente... muitos ensinamentos.
Veio o tão esperado trabalho com o cachimbo. E não podia ser diferente... liberdade pura, deu-me asas e um resgate de uma J. que encontro poucas vezes... a J. moleca... travessa e sem medo de ser ridícula e feliz...dei asas aos meus prazeres e interagi com o "mestre"  que dançava pelo ar... abracei minhas amigas árvores, ouvi os sussurros da terra e sentei próxima de meus queridos amigos que também davam vazão aos seus sentidos...

Voltamos ao salão, mais conversas... e terminamos por fazer a meditação da ávore sagrada... confesso que me emocionei rss
Esse rito pra mim, foi diferente de todos os outros... teve uma magia simples e confortável que há muito não sentia... resgatei boa parte de uma felicidade que nem sabia que existia.

Só tenho a agradecer aos deuses e universo pelo presente da vida, “vivenciada” ali. Aos companheiros de caminhada e aos bruxos sempre tão empenhados e cautelosos, ao dividir experiências e conhecimento.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

[...]

"..Ela deixou que a mão dele descesse até abaixo da cintura dela.

E numa batida mais forte da percussão, num rodopio, girando juntos, ela pediu:


— Deixa eu cuidar de você.

Ele disse:

— Deixo."

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Drogados ou Divinos eis a Questão


Artigo sobre enteógenos na sociedade urbana e contemporânea.

Enteógeno significa literalmente "manifestação interior do divino", deriva da palavra "entusiasmo" de raiz grega, que refere à comunhão religiosa sob efeito de substâncias visionárias ou à espasmos de profecia. Entretanto este termo foi proposto como uma forma apropriada de nomear estas substâncias, sem tachar pejorativamente costumes de outras culturas.

As substâncias enteógenas eram e são comum nos ritos de base campesina, pela ligação entre o homem e a natureza, essa ligação se torna ainda mais comum quando entendida pelos atributos ideológicos/ religiosos que chamaremos de fundamentos do Paganismo, que em sua forma tradicionalista (Paganismo Tradicionalista) implica no estudo e práticas ligadas a Floresta e com isso todo o agregado preservado de conhecimento ancestral no uso de ervas e suas diversas funções que se estendem da medicina até a utilização de cultos religiosos. No Brasil existem milhares de ervas que ainda não foram catalogadas e através de estudos científicos chegam às indústrias farmacêuticas; muitos remédios tendo como base o conhecimento nativo dos chamados povos da floresta.

Contudo a exploração deste conhecimento não gera indignação na sociedade, pois tanto as indústrias como a população ganham com esta questão, seja pela motivação financeira, seja nas alternativas de curas, contudo as questões religiosas ainda se tornam um taboo para a sociedade urbana, visto que não lidam bem com a sua espiritualidade, muito embora a consagram na forma sintética através das farmácias também conhecidas como drogarias.

O desconhecimento da população em definir remédio de droga gera um grande desconforto, pois se uma drogaria (farmácia) vende remédios e não drogas como avaliar o contexto sagrado das plantas enteógenas e seus benefícios religiosos?

Esta questão chama a atenção pela falta de sensibilidade e coesão em catalogar qualquer psicotrópico como um veneno social, misturando práticas nativas e ancestrais com a indústria da criminalidade e o mau uso das ervas, entretanto devemos separar em conceitos diferentes o que é um enteógeno de um veneno químico, tal como devemos separar uma prática religiosa fundamentada de uma prática de entretenimento inconsequente.
Na atualidade temos alguns movimentos religiosos que estão em pauta sobre a legalização, no Brasil temos a ayahuasca regida pelos movimentos como Santo Daime, UDV, Cefluris e sociedades indígenas, temos a questão da Cannabis Sativa advinda do movimento Rastafári (Jamaica), a Igreja do Peyote (México e USA), o movimento nacionalista da folha da Coca (Peru, Bolívia, Colômbia) e movimentos menores como jurema, iboga, salvia divinorium, entre outros.

O que entendemos nessa questão é que as sociedades nativas tradicionalistas possuem uma grande ligação com a herbologia ao mesmo tempo em que em sua medicina trabalham as questões espirituais, sendo que não é o fato de serem psicotrópicos simplesmente e sim um contato com o divino espiritual, isto difere largamente das questões de entretenimento, o famoso "ficar chapado", que podemos convencionar como um desequilíbrio humano diante do afastamento da natureza e consequentemente da sua religiosidade. Além destas questões filosóficas / religiosas encontramos também o comercio do sagrado, que acontece pela falta de informação e agravada pela desinformação gerada por interesses menos nobres.

Fomos questionados para traçar a diferença entre drogados consumidores de crack e "drogados" consumidores de enteógenos. A diferença é muito clara e vamos colocar alguns tópicos que diferenciam esta dúvida.

Origem do culto: Todos os cultos tem uma base religiosa nativa.
2 - Químico: Não foca na retirada do princípio ativo químico e sua potencialização na forma industrial.
3 - Quanto à utilização: Feita unicamente em culto religioso.
4 - Financeira: Não visam lucros, embora lícito pela divisão de custos e trabalhos envolvidos.
5 - Objetivo: Ligação obrigatória com o divino, como obra da cura da alma e dos mistérios do espírito.
6 - Comportamento: Os enteógenos em sua maioria são de consagração coletiva.
7 - Reação: Não causa dependência química.

Com esses conceitos já se pode ter uma visão mais clara sobre o assunto

Em outro questionamento estaria à questão de que nossa sociedade urbana estaria isolada de movimentos nativos e por isso o uso de enteógenos seria declarado como "droga social".
 
Entendemos que nossa sociedade sofre com a perda da ligação para com a ideologia do natural, causando um desequilíbrio emocional, uma patologia social, contudo devemos separar as moléstias de nossa "urbanidade" dos cultos de sociedades nativas, e para aqueles que sentirem uma inclinação para estas questões religiosas que busquem o contato real e necessário para a sua cura interior, sabendo separar "terapeutas" místicos do comércio de pessoas pautadas na preservação de culturas nativas e que tratam com respeito todo o legado mágico religioso, procurando por pessoas e instituições focadas no estudo cientifico tal como focadas no respeito ao trabalho espiritual. É coeso dizer que muitas pessoas não estão familiarizadas com esta questão, muitos não são índigenas, outros estão longe das questões tradicionalistas, contudo isso não é desculpa para a falta de discernimento, da falta de estudos e da necessária busca pela prática espiritual sincera.
Também estamos convictos que a prática com enteógenos não é para todos e não deveria ser tão divulgada de forma superficial pela mídia e que a maioria dos opositores, quando, e se tiveram esta experiência, estavam totalmente despreparados para esta vivência e assim acabaram por ser vítimas de traumas que motivaram as revoltas.

O mundo dos enteógenos é um mundo muito pleno de conhecimento, entretanto além de um grande respeito é necessário estar preparado para a quebra de paradigmas, da intolerância, preconceito e medo.


Cordialmente,

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Texto lindo e sábio da amiga corvo: O Poder Pessoal e a Liderança na BT



Poder Pessoal

Quando falamos sobre poder imediatamente nos vem à cabeça o poder contextual - aquele poder relacionado ao papel social do indivíduo. Sentimos o impacto desse poder quando estamos à mercê de um regime opressor, pais controladores, ensino ditatorial, entre outros. No sentido geral o poder está vinculado à capacidade de manipular ou influenciar o outro; embora esta ação está diretamente relacionada à submissão do oprimido. Por exemplo, o poder financeiro e afetivo.
Porém o verdadeiro poder independe de manipulação, dinheiro que é o poder pessoal. Individual e intransferível, inerente de cada ser. Dele compõe a força interior, seus talentos, autoconhecimento, autodomínio, auto-estima, assumir responsabilidades nas escolhas, autenticidade, respeito, tenha objetivos e metas, capacidade de mudar, equilíbrio emocional e sua autonomia, sua habilidade ao conduzir sua vida.
Muitas vezes nos perdemos na nossa incapacidade de assumir as rédeas de nossa própria vida.
Nos perguntamos muitas vezes. Como pessoas frágeis persistem e atingem seus objetivos com muitas dificuldades e outras com tudo as mãos chegam a nada... É preciso exercitar seus talentos, vencer limites, superação... Nesse quesito também compõe o autoconhecimento e autodomínio, pois sem conhecermos a nós mesmos e sem termos controle de nossas próprias emoções jamais desenvolveremos nosso poder pessoal. Também faz parte reconhecer e aceitar nossas fraquezas e imperfeições. Nos responsabilizar pelas nossas escolhas e não passar a responsabilidade como falha do outro. É vivenciar suas escolhas sem esperar aprovação de terceiros nem se incomodar com as reprovações ou críticas. Enfim, vivenciar a própria vida independente de opinião alheia. Jamais se colocar como vítima. Aconteceu assim e pronto! É o assumir as próprias responsabilidades sem jogar para cima dos outros. Ser respeitoso consigo mesmo e autêntico. O amor e o respeitoso são conquistados ao partir de nós mesmos, com nosso amor próprio e zelo.
Abolir a palavra “medo”; medo da carência afetiva, medo da falta do dinheiro, medo do fracasso como da violência.
Quando traçamos objetivos e metas também traçamos caminhos para alcançá-los mesmo que isso envolva muitas vezes mudanças no nosso modo de pensar e agir, pois quase sempre a mudança ao nosso redor acontece a partir das nossas mudanças internas.
Quando nos trabalhamos internamente é manifestado no exterior o resultado desse aprimoramento.
“Um homem poderoso é aquele que consegue aplicar atos de poder com maestria”.
Somos poderosos quando conseguimos vencer nossos limites, conviver com nossas imperfeições, assumir nossos erros, continuar nos amando mesmo com alguns fracassos, nos respeitando, buscando sempre o conhecimento e a autenticidade. Assim, desenvolvemos nossa força interior e atingimos nossas metas fazendo com que nosso poder pessoal se manifeste.

Liderança

Anos atrás numa dinâmica sobre liderança fomos convidados para uma brincadeira onde em dado momento deveríamos nos comportar como líderes. TODOS, inclusive eu assumimos posição de mando e chefia.
Liderança pode ser exercida numa função de mando e chefia, porém o significado é muito mais abrangente e desvinculado de autoritarismo.
Podemos dizer que liderança é a arte de motivar os outros para que aspirem ações compartilhadas com objetivos comuns.
Um líder precisa desenvolver características como autocontrole, sociabilidade, flexibilidade, estabilidade emocional, conhecimentos sobre os objetivos almejados e os participantes do grupo.
É preciso sempre obter apoio e não ordenar, sugerir e não intimidar, resistir às frustrações e sempre buscar a realização.
Para que a liderança seja bem sucedida é preciso entusiasmo, auto estima e idéias entre os liderados.
É como um Mestre que deve se comportar “com humildade, dedicação e entender que é apenas um guia” orientando e muitas vezes também tendo que chamar à realidade aqueles que se iludem pelo caminho, porém buscando sempre equilíbrio e compreensão.
O líder deve se doar, ser amigo, ter responsabilidade, tolerância, cuidar (mesmo que isso implique em chamar à razão e ser mal compreendido), em razão disso ter bem desenvolvido dentro de si seu poder pessoal.
Identificar e valorizar cada elemento independente da conta bancária ou de um rosto bonito.