terça-feira, 23 de junho de 2020

ahhhhhhhhhhhh o amor....


O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.

– Charles Bukowski,

Não esqueça...

Minha melhor amiga...
...minha versão aperfeiçoada e lapidada... 


Te amo filha!


domingo, 7 de junho de 2020

A vida é curta demais...


"...Contato humano.
Nossa primeira forma de comunicação.
Segurança, proteção e conforto... tudo isso no suave toque de um dedo. Ou de lábios encostando numa bochecha.
Ele nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando temos medo... desperta sentimentos de paixão... e amor.
Precisamos ser tocados por quem amamos quase como precisamos do ar pra respirar. Mas eu só percebi a importância do toque... Do toque dele... depois que perdi.
Entao, se estiver vendo isso, e for possível... toque nele. toque nela.
A vida é curta demais para desperdiçar um segundo..."

Quarentena


O mundo onde vivemos está doente. E porquê? Como chegou a isso? O que poderia ser feito de diferente para evitar tais complicações e resultados?
Na minha visão, o mundo está doente, pois nós, ditos seres humanos racionais e mais evoluídos, o deixamos assim. Um apanhado de ações egoístas, egocêntricas e covardes.
Gosto de refletir o que estamos fazendo aqui nesse mundo, quase sempre chego a mesma conclusão: Buscando nossa evolução! Seja espiritual, mental ou física... tudo que buscamos é o equilíbrio necessário para que tudo isso seja uma coisa só. Estamos aqui para aprender a sermos melhores como pessoa, como criatura, como parte de todo esse universo perfeito que vivemos e não entendemos. Acredito que o homem não seja produto do meio, e sim que o meio é produto do homem. Então se queremos um mundo melhor, precisamos ser pessoas melhores para o mundo. E o mundo esse ano entrou em colapso. Às vezes as maiores lições estão nas entrelinhas de grandes acontecimentos, aqueles que mais nos abalam e nos tiram o chão, nos tira da zona de conforto e nos faz encarar de frente nossos receios, dificuldades e defeitos. Muitas pessoas evitam pensar no sofrimento e nas coisas que nos afetam e nos magoam, mas acredito eu depois de refletir muito nos meus “fantasmas” que são neles que vivem as respostas que tanto busco, para trazer entendimento e aceitação. Coragem e determinação para mudar aquilo que eu não gosto em mim e ao meu redor. Acredito que tudo nessa vida, principalmente nas coisas ditas “ruins” sempre há o lado positivo, aquilo que de fato temos que abordar... temos que aprender a achar a beleza nas coisas feias... se é que são feias!?
Pensei bastante na contribuição que a minha existência deixaria no mundo hoje, caso daqui partisse... seria ela proveitosa a alguém? Teria eu feito diferença nesse mundo? Teria eu realizado meus desejos mais profundos?

Acredito que essa pandemia veio para que possamos encarar de frente muitos desses males que envenenam nosso ser, tornando a nossa existência tóxica. Essa pandemia veio para nos mostrar o que realmente importa nessa vida, o que devemos cuidar e valorizar acima de tudo. A maioria sentiu grande dificuldade em ficar quieto dentro de sua própria casa, com os seus familiares... e me pergunto porquê? Não deveria ser o lugar mais sagrado do mundo? Com as pessoas mais importantes do mundo? Se a resposta for não, acredito eu, que a doença da pessoa começa ali!!! Porque nosso lar deveria ser o local onde recarregamos nossa bateria de vida, onde nos soltamos e iluminamos, onde nos cercamos de coisas que nos fazem feliz! Onde podemos conduzir e mexer a vontade para trazer a paz e alegria para dentro da gente. As pessoas não sabem lidar com o não poder... não entendem o que é liberdade, as pessoas não querem lidar com o não... acredito que que essa pandemia veio nos mostrar que precisamos pensar um nos outros para todos poderem sobreviver, que devemos dividir para poder progredir... que não basta falar e sim agir! Ser e não ter!
Que devemos tratar com mais atenção dos nossos idosos, que chega uma hora que somos nós “filhos”, que devemos bater de frente com o mundo para protege-los como fizeram com a gente quando criança. A pandemia veio para mostrar que apesar da facilidade que o meio avançado de comunicação nos proporciona hoje em dia, nada se compara à um abraço, a um encontro, a um olhar... ao toque de quem amamos. Essa pandemia veio para nos lembrar de ter fé e esperança que tudo ficará bem, que os Deuses não nos desamparam... que se fechou uma porta, cabe a nós acharmos uma janela, que certamente deixaram aberta para nós. Somos todos capazes!
De repente começamos a dar mais atenção para nossa casa, para os nossos familiares, para as coisas que gostamos de fazer e nunca arrumamos tempo para pôr em prática. Aprendi nessa quarentena a desacelerar... bom, um pouco... rs ...de colocar dentro do meu tempo, coisas para preencher não só meu mundo material, mas meu mundo intelectual, meu mundo interno...
To aprendendo com o tempo, a preenche-lo com discernimento e conteúdo produtivo e positivo. E não gasta-lo com coisas que não nos acrescentam nada. To aprendendo ainda mais a ouvir o que o meu eu interior fala... aprender o que eu faço que de fato gosto e me faz feliz... aprendendo como lidar com as coisas que tenho que fazer e não gosto, mas é necessário.
Estou aprendendo nesse tempo a analisar mais as pessoas, a entender porque algumas me incomodam, outras me agradam e o que tenho a aprender com cada caso. Como posso crescer com cada experiência? Como cada situação pode ser determinante na pessoa que quero me tornar nessa vida. Estou trabalhando o perdão, a aceitação e a empatia.
Nessa quarentena lidei com a falta de controle. Como para mim isso é torturante... to aprendendo...
Com meu filho de volta a minha casa, aprendi a lidar com as palavras para tentar trazer alguma clareza e alegria para ele, que passava por um momento difícil da sua evolução. Aprendi um pouco mais a não explodir com coisas que não posso consertar, porque nem sempre cabe a mim consertar... que a sabedoria vive em saber o momento exato de falar e agir. As vezes apenas observar e estar ali. Percebi o quanto conversar com meus filhos fazia tanta diferença na forma deles reagirem a situações diversas... percebi na quarentena como é simples fazer os pais da gente sorrir, como eles gostam de ser cuidados e ser o centro das nossas atenções novamente, como quando a gente é criança e tudo na nossa vida gira em torno deles. Como as vezes tudo que eles querem é um momento para ser eterno e como um dia sentirei muita falta desses momentos. Nessa quarentena voltei a pôr em prática uma coisa que sempre amei fazer e por achar que não tinha tempo, deixei de lado... escrever. E como isso alivia a gente, como isso ajuda a nos entender e nos ler... a notar nossa evolução em cada ano que passa e pensamento que muda. Nessa quarentena resolvi me permitir, me relacionar com alguém, com toda a dificuldade que essa decisão envolve. A palavra é essa... permitir... tentar... fazer diferente do que faria normalmente... exercitei a minha paciência...rs
Nessa quarentena exercitei o habito de trabalhar a espiritualidade dentro e não fora... fiz de mim um templo, a minha natureza, já que não estou podendo estar em meio dela... Coloquei muito sons e cores nele! Rs
Resumindo, confesso que não senti grandes dificuldades nesses dias de confinamento, adoro ficar em casa... meu trabalho consegui fazer perfeitamente, minhas relações foram bem administradas, através de redes sociais, permaneci perto e presente na vida de quem gosto. Consegui montar uma agenda e encher meu dia com todas as tarefas necessárias para que minha vida andasse... não tenho o que reclamar, só a agradecer... apesar disso rezo todas as noites para que esses dias incertos acabem e possamos colocar toda essa bagagem de “consciência das coisas” em prática, no nosso dia a dia.


E qual deles vence??

A Fábula dos Dois Lobos (dos índios Cherokee)

Certo dia, um jovem índio cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem e, tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.
O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e disse:
“Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra.”
O jovem continuou olhando, surpreso, e o avô continuou:
“Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.”
“Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos, o tempo todo, sem nenhum motivo. Sua raiva e ódio são muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.”
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence?”
Ao que o avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento.”

segunda-feira, 1 de junho de 2020


...

Uma vez o mestre me colocou no vazio para aprender. Perplexa, perguntei ao mestre, o que tenho para aprender no nada? O nada só machuca, faz falta, me entristece... e não obtive resposta... ou achei na época que não  tive. Ele me deu a chance de aprender a me refazer, de entender e amenizar o que estaria por vir. Porque? Essa palavrinha constante em nossos vocabulários, essa palavrinha que tanto diz e pouco se explica. Essas fases da vida em que sempre me pego tropeçando em mim mesma, no meu particular, nos meus sentimentos imensos que não sei lidar... Essa coisa chamada vida, que de tão viva se move além do que estou pronta pra ver passar, partir e mudar. São grupos e famílias desunidas, triângulos infinitos que não duram nem uma briga, amizade de irmãs, pedaços que como água usada, desce pelo ralo. 
E o que persiste ao tempo? O que acontece com o sentimento? Será sempre um grande desencontro? E esse apego, minha sina de viver? Será que um dia a frieza que tanto desprezo nas pessoas fará da minha vida mais fácil? Quanto mais aprendo sobre o amor, mais me decepciono com as pessoas e isso não deveria estar certo. Devo eu me reservar à minha cabana? Devo eu aprender a ser feliz comigo mesma e só? Isso ainda é amor? 
Ok, recolho-me a mim, ao meu hibernar outra vez... guardo os melhores momentos naquela caixinha de música tão conhecida, abro espaço, me preparo para o novo, para o belo e tocável amanhã. Levo os sorrisos e abraços leves me que me fizeram tantas vezes voar... me contendo em olhar bem pouco para trás...e de mãos dadas comigo mesmo, continuar a caminhar entre as folhas de outono caídas no chão.