terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Suavizando...

As gotas da chuva caem lá fora surtindo efeito dentro de mim
Trago a suavidade necessária para que o entendimento chegue
Deixo a melodia entrar em contato com minh’alma como agradecimento ao sagrado estado e ouço seus suspiros exalados como preciosas pedras ... Rústicas pedras...
Pedras que rolam desconhecidas e não lapidadas...
Coisas preciosas que nos envolve e habita e não sabemos explicar
E muito menos dominar...é tudo tão imprevisível..
A vida.. as amizades..os amores...os caminhos...  Tudo que  realmente influencia nossas vidas... vem e vai. E quem entende o sentido e a profusão...?
Marcas e cicatrizes que arrancam do corpo um gosto as vezes não muito doce, não muito agradável... alguns apenas passam.... e deixam aquele vazio... um vazio que devemos preencher da melhor forma possível... vazio que a falta do que se foi não deve priorizar...
Apenas o gosto bom de ter sido provado e talvez um tanto degustado... As lembranças condensadas e libertadas...
Outros passam e ficam fazendo a diferença..sempre e sempre...mesmo ali estando ausente... inexistente... mas ali estão! Fazendo parte do novo... da roda que inicia-se... dos círculos que finalizam... infinito de possibilidades e acontecimentos... onde cada momento rega um pedaço de terra pisada pelos meus pés ardidos
A troca nem sempre entendida é esquecida... as mudanças não pedem licença e vão se alojando arrastando o tempo com ela... as areias flutuantes que se dispersam pelo dia azul.... entre cinzas nuvens que vêem lavar o que restou de um tesouro.. de um momento bom...de noites regadas a sonho vão...
Das conversas intensas e verdadeiras que parecem ter perdido a finalidade de ser, o verdadeiro poder...
Do sentimento empregado dilacerado pela indiferença... o controlar dos atos para amenizar o fato...
A agonia presente clareando a visão para um novo rumo, o reluzente presente ainda brilha em minhas mãos!!!  Mesmo que esteja prestes a desaparecer com o tempo….. ainda brilha e me impulsiona a recomeçar... o sorriso dado nunca perdido ainda alivia as noites de silêncio
E mais uma vez me despeço de parte de mim, deixando a fluir com a chuva que cae... a chuva que cae dentro de mim... a chuva que toma forma em lágrimas e sorrisos e brilho no olhar não mais caído...
Liberdade dos sentidos.. a energia expandida sem gritos... voa...
E lá se vai mais uma volta viciante no carrossel dos meus devaneios...
O lugar mais uma vez está vago a espera de um companheiro verdadeiro... o passeio clama a mais bela paisagem, o mais gostoso frio na barriga...
Crê e almeja mais e mais entendimento e aceitação...
A estranheza já costumeira ainda não foi totalmente aceita...
Vc realmente me conheceu? Ou  minha ilusão lhe envolveu e pereceu?
E será que um dia realmente será?
Um dia alguém o verdadeiro olhar... o tocar... penetrará?
Sem malicias ou intenções?
Sem desconfianças ou rótulos?
Espero pela nova volta em minha roda... sozinha ainda cantarolando para atrair a atenção daquele que aprecia o belo e o verdadeiro...ainda há a essência da minha alegria...
A canção sincera da alma ao buscar-se...
A pedra que rola ganhando forma e expressão...
A pedra que procura a lapidação!

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